Quinta-feira, 20 de novembro de 2014, atualizada às 11h28

Exposição da cultura afro marca celebração da Consciência Negra em JF

Candomblé

A 12ª ExpoAfro marca o dia Dia da Consciência Negra no Centro de Juiz de Fora, com a difusão da cultura afro e a desmistificação das religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. Pelo terceiro ano consecutivo no Mercado Municipal, uma exposição destaca elementos da cultura afro. Às 14h, está marcada a apresentação de uma roda de tambor no local.

O espaço é ornado com manequins de orixás, estantes de objetos típicos, instrumentos musicais e documentos que remontam à época da escravidão, e contam um pouco da história da cidade, como as cartas de alforria de escravos dos distritos de Paula Lima e Chapéu d'Uvas.

A exposição é de responsabilidade da Associação Religiosa e Cultural de Culto Afro Brasileiro Abassa Ya Oya Ynguerecy. Segundo sua coordenadora, Enóia Souza,a maioria dos umbandistas não se assume, por causa de preconceito e a exposição busca evitar tal situação. "As pessoas perguntam se é macumba. Não é macumba. Macumba é um instrumento musical, um tambor. Essa exposição é para conversar sobre isso".

Enóia aponta as diferenças básicas entre as religiões de matriz africana: "O Candomblé é a religião africana que cultua os orixás, a ancestralidade, sem imagens. A Umbanda tem vínculo com o cristianismo, os santos. É uma religião brasileira".

Juiz de Fora tem hoje cerca de 300 terreiros de Umbanda e Candomblé e quase três mil seguidores. Outra proposta, após essa exposição, é o lançamento de um calendário afro pelo Fórum de Religiões de Matriz Africana de Juiz de Fora e Região, com as datas das comemorações nas casas de santo.

Com informações da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF)

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