Quarta-feira, 16 de janeiro de 2019, atualizada às 12h12

Campanha mobiliza arrecadações em prol de bebê com anomalia anorretal de Matias Barbosa

Angeliza Lopes
Repórter

Os pais de Rafael Rezende Amaro, de 1 anos e 9 meses, de Matias Barbosa, correm contra o tempo em benefício de sua saúde. O bebê nasceu com uma anomalia anorretal e precisa com urgência de duas cirurgias de reparação. Impossibilitado de recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), em Juiz de Fora, já que a única médica cirurgiã que realiza o procedimento está de licença, o casal busca apoio de amigos para uma Campanha de arrecadação com intuito de realizar a cirurgia pela rede privada de saúde.

Rafael é a segunda gestação da confeiteira, atualmente desempregada, Eva Cristina Lopes Rezende, mãe de Maria Clara, de 10 anos. Ela conta que durante toda a gravidez os médicos não identificaram as anomalias presentes no bebê. "Quando ele nasceu, levamos um susto muito grande. Ele tinha atresia no esôfago - que é a má formação do esôfago do recém-nascido; e anomalia anoretal, com ausência da abertura anal. Logo depois do seu nascimento foi feita a colostomia. A cirurgia de correção do esôfago aconteceu quando ele tinha sete dias de vida. Sete dias depois, Rafael teve uma piora grande. Devido o pneumotórax, precisou ficar 22 dias entubado", relata.

Depois da fase ruim, a família pôde voltar para casa, mas o bebê sempre teve restrições, já que precisou manter a colostomia. "Ele não se adaptou a bolsinha, por isso uso fraldas nele. A reconstrução do ânus só poderia ser feita depois que ele crescesse um pouco e ganhasse peso", detalha a mãe.

Eva conta que tudo estava indo bem, já que conseguiu a médica em Juiz de Fora que faria a cirurgia de reconstrução. "Mas, ele teve infecção urinária e precisou remarcar a data. Na nova data, outro bebê com mais urgência precisou passar na sua frente e na terceira tentativa Rafael estava com crise de bronquite. Além de desmarcar, a única médica disponível saiu de licença. Como o indicado é que a cirurgia seja feita antes da criança completar dois anos de vida, estamos apreensivos já que ele completa a idade em abril", narra.

Além da reconstrução anal, o bebê também precisará passar por uma correção do refluxo vesicoureteral no rim esquerdo. "No total, são três cirurgias. A reconstrução anal, a correção e, por último, o fechamento da colostomia. Esta terceira fase aconteceria depois de cinco meses, após o processo de readaptação do intestino", completa Eva.

Campanha

Com todos os atrasos e agravantes, os familiares do pequeno Rafael corre contra o tempo para que os procedimentos sejam realizados o quanto antes. Eva diz que cada cirurgia na rede privada de saúde sairia, em torno, de R$ 25 mil. "Antes eu trabalhava em uma padaria em Juiz de Fora, mas tive que largar para cuidar do Rafael. Meu esposo, que é motorista de caminhão, chegou a perder o emprego tempos atrás, mas agora já está empregado, só que o custo é muito alto para nós. Temos um gasto médio/mês de farmácia com ele de R$500 a R$600, e, para ajudar meu esposo, comecei a fazer salgados em casa", explica.

O primo de Eva e advogado Rodrigo Defilippo Horta é um dos envolvidos na divulgação da Campanha. Ele acompanha todo problema que a família vem passando e afirma que o casal merece ser ajudado. "São pessoas bondosas, trabalhadoras, honestas, esforçadas, bons pais e que mesmo diante das adversidades, não reclamam da vida. Mesmo diante de dificuldades financeiras e do problema de saúde do Rafael, jamais perderam a fé".

Com as remarcações das datas para a cirurgia, Defilippo conta que os familiares notaram o desgaste dos pais de Rafael. "Por isso, no final de semana passada nos reunimos sem a presença deles para articularmos esta ideia". Para tornar viável o custeio das cirurgias particulares, eles iniciaram uma campanha nas redes sociais #juntospeloRafael com perfil no Facebook.  

Os apoiadores ainda criaram uma conta poupança no Banco do Brasil no nome do bebê e os dados estão sendo compartilhado através de correntes pelo WhatsApp.

Quer colaborar com esta campanha? As doações em qualquer valor podem ser feitas através de depósito na conta no Banco do Brasil, Agência 3210-7 C/poupança: 23436-2 VAR 51 CPF: 161.896.906-45.

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