Sábado, 6 de junho de 2020, atualizada às 09h13

Coordenadora pedagógica se veste de personagens famosos para driblar quarentena

Jorge Júnior
Editor

Ficar em casa neste período de isolamento social não tem sido uma tarefa fácil para muitos brasileiros. Apesar de necessária, a medida tem aumentado os casos de doença mental. Um recente estudo do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que os casos de depressão praticamente dobraram desde o início da quarentena. Entre março e abril, dados coletados online indicam que o percentual de pessoas com depressão saltou de 4,2% para 8,0%, enquanto para os quadros de ansiedade o índice foi de 8,7% para 14,9%.

Porém, para algumas pessoas este momento tem sido de estudo, para se dedicar à família, assistir filmes, cozinhar e também de interação com os amigos, como é o caso da coordenadora pedagógica Lais Bello Martins Ferreira, de 75 anos. Natural de Juiz de Fora, mas radicada Rio de Janeiro há quase 50 anos, Lais aproveitou o momento para viver alguns personagens conhecidos. "Comecei a me travestir de vários personagens e mandava para os familiares e amigos dizendo que o vírus não me acharia jamais. Uns foram passando para outros e foi viralizando. Muitas vezes eu recebi mensagens dizendo: “é o único momento que eu dou gargalhadas durante o dia", conta Lais, que também é formada em Jornalismo e trabalha em uma escola com cerca de 300 crianças de classe popular.

Segundo a juiz-forana, “apesar de ser do grupo de risco, com minha criatividade, estou alegrando o coração das pessoas num momento tão conturbado. Não é fácil porque tenho que me virar com o que tenho em casa, uma vez que o comércio está todo fechado. Mas, gosto muito de desafios... Usei muito papel, cartolina, durex e guache para montar meus personagens. Acabei ganhando um grande fã clube, com integrantes da família, amigos, crianças e pessoas em convalescença", diz.

Irmã do falecido chargista Bello, que trabalhou no Jornal Tribuna de Minas, Lais tem muitos amigos em sua terra natal. "Ainda mantenho elos de amizade em Juiz de Fora, e minha família está quase toda aí, motivo pelo qual, estou sempre na cidade”. Sobre uma mensagem para este período de isolamento, ela enfatiza: "é um momento difícil mas precisamos nos reinventar para poder sair desta pandemia melhores e com o coração repleto de amor”.

Fotos Arquivo Pessoal

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