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Concurso de Cartografia para Crian?as Estudantes de Juiz de Fora t?m seus trabalhos reconhecidos


Renata Solano
*Colabora??o
26/11/2007
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"Muitas na?es, um mundo" foi o tema do concurso de "Cartografia para crian?a" realizado durante o XXIII Congresso da Sociedade Brasileira de Cartografia (SBC) que aconteceu entre os dias 21 e 24 de outubro. O concurso premiou tr?s alunos de uma escola particular de Juiz de Fora. Entre eles, o estudante, Leonardo Cunha Rocha, da 6? s?rie do ensino fundamental, orientado pelo professor Andr? Lu?s Sguissatto que teve seu trabalho escolhido como o melhor desenho do concurso.

As alunas, da 8? s?rie, Ana de Mello C?rtes (foto abaixo ? esquerda) e J?lia Gonzaga Magalh?es (foto abaixo ? direita) fizeram um projeto em dupla e receberam o terceiro lugar entre os v?rios projetos apresentados em todo o territ?rio brasileiro.

Orientadas pelos professor Leandro Faber Lopes, as alunas desenvolveram o trabalho em um dia, entre 14h e 19h. "A id?ia foi muito pensada desde o momento em que decidimos inscrever um projeto. A gente decidiu fazer em dupla, mas ainda n?o tinha no??o de como desenvolver um trabalho legal. Ent?o, tivemos a id?ia de fazer um quebra cabe?a onde os pa?ses e continentes se encaixavam dando a no??o de um s? mundo, como propunha o tema do concurso", explica Ana.

A partir da id?ia, que foi amadurecendo com a conversa entre as alunas e o professor, ficou estabelecido trabalhar com a id?ia de um quebra-cabe?a que significa o encaixe a depend?ncia entre os mundos, mas tamb?m com a diferencia??o de cada local atrav?s de texturas e cores distintas, com o intuito de representar a diversidade cultural, econ?mica, social, pol?tica e natural de cada pa?s.

O projeto

"A gente resolveu fazer o projeto, quando o Leandro mostrou a proposta para a turma, ent?o tiramos xerox do edital e come?amos a elaborar o trabalho, mas a confec??o em si se deu em uma tarde inteira. Chegamos no col?gio ?s 14h e ficamos at? ?s 19h, trabalhando em cima da id?ia. J? estava sem luz na escola e a gente precisava terminar porque tinha prazo para colocar nos Correios. Aquele era o ?ltimo dia de inscri??o e a gente nem tinha pretens?o de ganhar, s? pensamos em participar mesmo", conta J?lia.

A concep??o do projeto em si n?o pode ser analisada nem mesmo pelas participantes. "Se ficou bonito ou n?o, nem sei explicar porque foi tanta correria que no final das contas nem examinamos de verdade nosso trabalho, mas se foi escolhido ? porque ficou bom", afirma Ana.

Quem ganha

"N?o tivemos premia??o com bens materiais e, desde o in?cio, isso ficou claro entre os alunos, portanto, se eles participaram e receberam o reconhecimento ? excelente para eles que ficam orgulhosos e confiantes, mas tamb?m ? excelente para a escola que verifica o trabalho desenvolvido por n?s professores com cada um desses estudantes", explica o coordenador da ?rea de Geografia do col?gio, Wilson Ferreira (no v?deo).

Dessa forma, as alunas que ainda nem decidiram o que v?o ser profissionalmente e nem perceberam o real valor dessa premia??o, ficam satisfeitas por terem seu trabalho reconhecido tanto internamente quanto nacionalmente.

"E essa foi apenas uma etapa do concurso, futuramente o trabalho desses meninos vai ser apresentado em Moscou e julgado internacionalmente. Por isso, ? importante verificar que a produ??o deles ? fundamental para o desenvolvimento cr?tico e cognitivo", completa Wilson.

O concurso

Com o objetivo de ampliar as fronteiras da cartografia e estimular as crian?as a desenvolver um trabalho acerca do assunto atrav?s da leitura e interpreta??o dos mapas, o "Concurso de Cartografia para Crian?a" adotou, na edi??o desse ano, a possibilidade de trabalhar a forma gr?fica representada por qualquer tipo de trabalho art?stico desenvolvendo a lado criativo da crian?a.

O tamanho m?ximo de cada mapa do mundo inscrito foi o formato A3, com 420 mil?metros de altura e 297 mil?metros de largura. Puderam se inscrever, alunos com at? 15 anos de idade, divididas em tr?s faixas et?rias dentro da competi??o: menores de 9 anos, entre 9 e 12 anos e entre 13 e 15 anos.

Os mapas que entraram na competi??o v?o ser arquivados na Mapoteca da Universidade Carleton e v?o poder ser acessados atrav?s da internet.

*Renata Solano ? estudante de Comunica??o Social da UFJF