Sexta-feira, 15 de abril de 2011, atualizada às 18h20

Professores e sindicalistas fazem passeata para melhores condições de trabalho

Jorge Júnior
Repórter
passeata

Professores e representantes do sindicato da classe (Sinpro) promoveram uma passeata nas ruas de Juiz de Fora, nesta sexta-feira, 15 de abril, para reivindicarem o aumento do piso salarial e melhores condições de trabalho.

Na manifestação, os profissionais ressaltaram a indignação com o decreto que obriga a classe a entregar, em caso de doença, atestado médico emitido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por médicos conveniados ao Plano de Assistência à Saúde do Servidor à Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, além do silêncio da Prefeitura frente à proposta salarial que foi entregue à Secretaria de Educação (SE) em maio de 2010 e até então não foi aprovada.

"A Prefeitura ficou de aprovar o pedido em fevereiro, já estamos em abril e até agora nada", contesta o diretor do departamento jurídico do Sinpro/JF, Péricles de Lima. "Estamos aqui para cobrar uma decisão da Secretaria de Educação. Os professores estão recebendo menos de um salário mínimo", completa. Atualmente o piso salarial da categoria é de R$ 640, com os descontos, o valor fica ainda menor.

De acordo com a diretora do Sinpro, Aparecida de Oliveira Pinto, na proposta salarial, a classe solicita, também, o aumento para os professores de ensino médio que possuem curso superior. "Queremos entrar em acordo com a Secretaria de Educação para discutir o piso adequado." Aparecida diz que o valor ideal é R$ 1.200.

No final da passeata, os sindicalistas foram atendidos pela assessoria da secretária de educação, Eleuza Maria Rodrigues Barboza, porque, segundo informações do departamento, Eleuza não se encontrava no prédio do órgão. Os representantes informaram ao setor das ações que estão sendo executadas.

Assembleia

Antes da realização da passeata, os sindicalistas fizeram uma assembleia para cerca de 400 professores para informar a categoria das ações que estão sendo realizadas e também da situação atual dos docentes. "Vamos nos unir e tornar pública, perante a sociedade, as nossas solicitações", diz o tesoureiro do Sinpro Roberto Karan. Ele afirma que todos os atestados médicos que não forem aceitos pela Prefeitura, serão registrados em boletim de ocorrência. "Os nossos professores estão tendo de trabalhar doentes."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken