BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os executivos da Petrobras e de algumas de suas subsidiárias são os que recebem os maiores salários entre as empresas públicas federais, de acordo com dados do Ministério da Economia.

A petroleira, que já teve o comando trocado duas vezes só neste ano pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), paga R$ 116,8 mil mensais como remuneração fixa ao presidente da estatal, além de 13º e adicional de férias.

O valor não considera a remuneração variável, uma espécie de bônus pago de acordo com os resultados da companhia. O valor referente ao ano de 2021 ficou em R$ 1,6 milhão.

O executivo também recebe auxílio moradia de R$ 1.800,00, verba de R$ 4.333,34 para passagens aéreas, R$ 7.489,39 para plano de saúde e R$ 15,3 mil como contribuição em plano de previdência complementar.

O salário de presidente da Petrobras é o maior do ranking. Em segundo lugar fica a Transpetro, que paga R$ 101,1 mil a seu presidente. A companhia é a subsidiária da Petrobras responsável pelo armazenamento e transporte de petróleo e derivados.

Em terceiro lugar fica o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social), inteiramente controlado pela União e que atua como instituição de fomento a investimentos de médio e longo prazo. A remuneração básica do presidente do banco é de R$ 80,8 mil, fora benefícios.

Outras subsidiárias da Petrobras, a Petrobras Biocombustíveis e a TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil), pagam R$ 80,5 mil como salário básico a seus respectivos presidentes, enquanto a Petrobras Logística de Exploração e Produção prevê remuneração fixa de R$ 69,9 mil.

A PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.), estatal responsável por representar a União nos contratos de partilha no pré-sal, remunera seu presidente com R$ 73 mil mensais.

Maiores bancos comerciais com participação estatal federal, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal também estão entre as primeiras posições do ranking.

O salário do presidente do BB, sem benefícios ou bônus, é de R$ 68,8 mil mensais. Na Caixa, esse valor é de R$ 56,2 mil.

Por serem estatais independentes (ou seja, que pagam suas despesas com receitas próprias), essas empresas podem pagar remunerações com valores acima do teto do funcionalismo, hoje em R$ 39,3 mil.

Já as empresas dependentes, como Telebras e Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), precisam respeitar esse limite ao estabelecer os salários a seus administradores.

No caso da Telebras, o valor pago ao presidente é de R$ 38,7 mil mensais. Na Codevasf, estatal que é reduto do centrão --grupo de partidos que dão sustentação política a Bolsonaro--, a remuneração máxima é de R$ 33 mil mensais.


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