SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A moeda americana retomava ganhos frente ao real nesta quinta-feira (18), após ter iniciado o dia em queda. Investidores continuavam digerindo a ata da última reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), divulgada na véspera.
Às 11h45, o dólar comercial estava cotado a R$ 5,1880, o que representa uma alta de 0,40% em relação ao pregão anterior.
Na quarta-feira (17), a divisa dos Estados Unidos subiu 0,52%, a R$ 5,1670 na venda, em um dia de força moderada do dólar em relação às principais divisas.
Na cotação máxima do dia, chegou a escalar a R$ 5,2140, mas perdeu força conforme o mercado passou a considerar que a ata falava de indicadores econômicos que já tinham mudado e, por isso, não era necessariamente agressiva para a renda variável.
Ainda assim, e apesar de não trazer surpresas, o documento reforçou o compromisso da autoridade em manter elevação dos juros para controlar a inflação nos Estados Unidos.
A interpretação de analistas foi de que a taxa do Fed poderá permanecer em níveis elevados por um longo período, mas também de que o órgão está no caminho para alcançar o seu objetivo sem levar o mundo a uma profunda recessão.
Sem encontrar uma direção clara na ata, o mercado financeiro mundial encerrou o dia dividido entre a segurança do dólar e o risco dos mercados de ações de países de economia emergente.
BOLSA SUSTENTA ALTA FRACA APOIADA NA PETROBRAS
Na Bolsa de Valores brasileira, o índice de referência Ibovespa subia 0,09%, a 113.813 pontos no final da manhã desta quinta (18). O ligeiro ganho doméstico ocorria em meio a um mercado global ainda sem direção após a ata do Fed.
O índice parâmetro da Bolsa de Nova York, o S&P 500, recuava 0,08%, assim como o indicador para as empresas de grande valor, o Dow Jones, perdia 0,17%. Já o índice Nasdaq, focado em empresas de tecnologia e com maior potencial de crescimento, avançava 0,11%.
A alta de 1,31% das ações mais negociadas da Petrobras sustentava o resultado na Bolsa brasileira. A estatal avançava em mais um dia de valorização do petróleo.
O barril do Brent, referência para a matéria-prima em estado bruto, subia 2,30%, a US$ 95,80 (R$ 497,40).
Na véspera, o índice Ibovespa subiu 0,17%, a 113.707 pontos. Apesar do ganho tímido, o indicador renovou o seu maior patamar de fechamento desde 20 de abril (114.343).
Ainda na Bolsa brasileira, a Vale caiu 2,46%, após nova desvalorização dos contratos futuros de minério de ferro nas Bolsas de Dalian e Cingapura.
Nas Bolsas americanas, o S&P 500 caiu 0,72%. O Nasdaq e Dow Jones perderam 1,25% e 0,50%, respectivamente.
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