SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na área de segurança pública de seu plano de governo para São Paulo, Fernando Haddad (PT) propõe a inclusão de uma nova disciplina sobre racismo estrutural nas escolas e academias de polícias como uma forma de tentar reduzir as mortes de pessoas pretas em ações do estado.
O programa de governo do ex-prefeito, disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral, também sugere a criação de um plano de metas de redução de índices de criminalidade atrelado à valorização salarial dos policiais.
"Para atingir metas de redução da criminalidade, de aumento da resolutividade de crimes, de redução da letalidade, associaremos com a valorização da carreira e recomposição do quadro profissional, a formação continuada e o investimento em tecnologia e inteligência", afirma o documento.
"Nosso desafio será o de aumentar a autoestima, valorizar a carreira dos policiais, garantindo melhores condições de trabalho e salários, formação continuada e suporte psicossocial aos policiais para que possam garantir a segurança às pessoas, sobretudo aquelas que mais sofrem com a violência e o crime", diz outro trecho do texto.
O plano de governo também prevê a ampliação na colocação de câmeras nas fardas dos policiais. O argumento é o de que elas diminuem a letalidade policial, "em especial da juventude negra", e protege os policiais, "que passam a ter uma prova de sua ação dentro da lei."
O uso de câmeras nos uniformes policiais levou a redução expressiva da letalidade policial no estado. Pesquisa Datafolha mostrou que mais de 90% da população de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais apoiam a utilização dos equipamentos.
Outra proposta de Haddad é a de fortalecer a ouvidoria das polícias do Estado, "importante órgão de controle social da atividade policial".
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