SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou nesta quarta-feira (21) a falência do Grupo Itapemirim, empresa de transporte rodoviário e aéreo. A recuperação judicial ocorria desde 2016 e as dívidas somam R$ 200 milhões e mais R$ 2 bi em despesas pendentes com impostos e previdência.

O Grupo já foi considerado um dos maiores do país no ramo viagens intermunicipais de ônibus.

A decisão é do juiz João de Oliveira Rodrigues, da 1ª Vara de Recuperação Judicial de São Paulo. Ele também indisponibilizou os bens de Sidnei Piva de Jesus, dono da empresa, por entender que a Piva Consulting, outra companhia dele, teria gerado "confusão patrimonial", ou seja, teria misturado os rendimentos das duas pessoas jurídicas.

A Itapemirim foi fundada por Camilo Cola, ex-praça da FAB (Força Aérea Brasileira). Depois, foi vendida por R$ 1 para Sidnei Piva de Jesus, já em processo de recuperação judicial.

Em 2021, a companhia passou a oferecer transporte aéreo, mas a operação durou apenas seis meses, deixando milhares de passageiros sem viajar nas festas de final de ano e gerando diversas reclamações em órgãos de defesa do consumidor e também uma série de ações judiciais.

Na decisão, o juiz também autorizou um contrato de massa falida com a transportadora Suzano que, por pelo menos um ano, vai assumir os serviços oferecidos pelo grupo.

A reportagem tenta contato com a Itapemirim e aguarda resposta.


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