SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os apoios anunciados a Lula e Bolsonaro no segundo turno ainda são considerados insuficientes para o setor privado firmar suas previsões para o desfecho dessa eleição.

Já é possível traçar algumas diretrizes com base no novo perfil do Congresso, mas a incerteza da disputa presidencial atrasa o planejamento estratégico das empresas neste ano.

O fracasso de antigas lideranças sindicais no Legislativo é visto como uma variável de peso nas contas dos representantes patronais.

José Carlos Martins, presidente da CBIC (construção), diz que ainda não dá para cravar resultado. Para ele, uma fala mal colocada em debate ou polêmicas de rede social podem impactar o cenário.

Ricardo Roriz, da Abiplast (setor de plásticos), afirma que o 2º turno começa com economia em crescimento espalhado por diversos setores, mas não sabe dizer se terá efeito no horizonte.

Joseph Couri, do Simpi (sindicato de indústrias menores), diz que a incógnita está na economia a partir de janeiro, depois da injeção de dinheiro pelo governo. Dados do Simpi mostram que 40% dos empresários do setor estão inadimplentes e 57%, represando custo para não perder cliente.

Após o 1º turno, a Eurasia Group ainda prevê vitória petista, mas baixou de 70% para 65% as chances de Lula ganhar. Para a Oxford Economics, uma vitória de Bolsonaro seria o pior resultado para o mercado. Com maioria no Legislativo, o mandatário poderia demitir ministros do STF, dissolver o Congresso e suspender eleições livres, segundo a consultoria.


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