SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar registrava alta frente ao real na abertura dos negócios desta quarta-feira (19), acompanhando movimento no exterior de maior cautela em meio a temores com a inflação e expectativa de aperto monetário agressivo por bancos centrais.

Às 9h11 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,70%, a R$ 5,2919 na venda.

Na B3, às 9h11 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,91%, a R$ 5,3035.

Na terça-feira (18), o Ibovespa fechou em alta de 1,87%, aos 115.743 pontos. O indicador de referência da Bolsa de Valores brasileira retomou a casa dos 115 mil pontos uma semana depois de ter perdido essa marca. No mercado de câmbio, o dólar comercial à vista recuou 0,90%, cotado a R$ 5,2530 na venda.

Investidores do mercado financeiro brasileiro acompanharam nesta terça o clima otimista no exterior provocado por balanços trimestrais de grandes bancos americanos, que vieram melhores do que o esperado.

Além do ambiente favorável no exterior, negócios locais também impulsionaram a Bolsa. O destaque foi a alta de 9,62% das ações da Natura, um dia após a companhia ter anunciado estudos para uma oferta inicial das ações de uma das empresas do grupo, a marca australiana de cosméticos de luxo Aesop. Na máxima do dia, os papéis subiram 18%.

A Natura ainda acumula queda de 44% em 2022, enquanto o resultado do Ibovespa neste ano é positivo em 10,42%.

Do lado negativo dos negócios, a Oi caiu ao menor preço da história. A ação ordinária fechou o dia valendo R$ 0,32.

A companhia, que já foi a maior empresa de telefonia do país, anunciou que irá agrupar suas ações ordinárias e preferenciais na proporção de 50 para 1.

Com isso, 50 ações ordinárias (OIBR3) e 50 ações preferenciais (OIBR4) serão transformadas em uma ação cada. Dessa forma, o capital social da Oi passará a ser dividido por cerca de 132 milhões de ações, e não mais 6,6 bilhões de ações.

Investidores domésticos também se concentraram em enxergar no exterior justificativas para suas decisões de negócios diante das incertezas no cenário interno com o acirramento da corrida eleitoral e de eventuais instabilidades que um resultado apertado nas urnas poderá provocar.

Em Nova York, o indicador parâmetro da Bolsa, o S&P 500, fechou com ganho de 1,14%. Os índices Dow Jones e Nasdaq avançaram 1,12% e 0,90%, respectivamente.

O bom humor retornou aos mercados globais após as fortes perdas da semana passada diante de dados pessimistas sobre a inflação nos Estados Unidos.

Também colaboraram com a melhora do ambiente de negócios nesta semana as declarações do novo ministro das Finanças do Reino Unido.

Jeremy Hunt descartou o plano econômico da primeira-ministra Liz Truss e reduziu o vasto subsídio de energia proposto por ela, lançando uma das maiores reviravoltas na política fiscal britânica de forma a conter uma dramática perda de confiança dos investidores.


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