BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros, Nereu Crispim (PSD-RS), afirma que os motoristas que estão bloqueando as vias nesta segunda-feira (31) após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) são um "grupo de baderneiros" e não representam a categoria.

"Esse movimento não representa os caminhoneiros. Os caminhoneiros respeitam as instituições, respeitam a democracia e respeitam o resultado das urnas", diz.

Ele diz que a pauta da categoria não está relacionada com o resultado das eleições e que Bolsonaro, que se elegeu com o apoio de motoristas em 2018, não a enfrentou.

Entre os pleitos, ele cita aposentadoria especial com 25 anos de contribuição, o piso mínimo do frete, a unificação dos documentos fiscais e a mudança na política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras. Uma carta com as demandas já foi entregue ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo relato do parlamentar, quem está inflando os bloqueios nos grupos de mensagens de motoristas são parlamentares bolsonaristas e empresários do agronegócio.

O deputado enviou um ofício ao diretor geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, pedindo que adote as medidas necessárias para garantir o "cumprimento da Constituição" e a liberdade de trânsito.

Pede ainda,que seja respeitada "a honra objetiva" da categoria, com a "individualização de fatos e de atos a quem especificadamente os pratica em nome próprio sem que o uso indevido da categoria contamine, pela generalização, o habitual comportamento ético-legal dos caminhoneiros".

Também foi o oficiado o ministro da Justiça, Anderson Torres, a quem fica subordinada a PRF.

Caminhoneiros apoiadores de Bolsonaro iniciaram na noite deste domingo (30) bloqueios em estradas em protesto ao resultado das eleições, que teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor para o cargo de presidente. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) confirmou terem sido registrados até o momento bloqueios ou aglomerações em vias de 11 estados e do Distrito Federal.

A corporação não informou quantas ocorrências em cada um dos estados. Houve ou estão em andamento protestos no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em Minas Gerais, São Paulo, no Rio de Janeiro, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, no Pará e no Distrito Federal.


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