RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O preço médio da gasolina nos postos subiu pela terceira semana consecutiva e já passa de R$ 5 em nove estados e no Distrito Federal, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Na semana passada, o combustível foi vendido, em média, a R$ 4,91 por litro.

É uma alta de 0,6% em relação à semana anterior. A sequência de aumentos ocorre após 15 semanas de queda, provocadas pelos cortes nos impostos federais e estaduais no fim de junho e, depois, por reduções de preços nas refinarias da Petrobras.

A estatal vinha segurando repasses da alta das cotações internacionais aos preços internos para não gerar fatos negativos em meio à campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a alta do etanol vem impactando o preço de bomba da gasolina.

Nesta terça-feira (1º), completam-se dois meses do último ajuste no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, uma queda de 7%. A falta de aumentos em um momento de alta do petróleo vem gerando elevadas defasagens em relação às cotações internacionais.

Na abertura do mercado desta segunda-feira (31), a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) calculava a defasagem da gasolina em 16%, ou R$ 0,63 por litro. Já o diesel estava 25%, ou R$ 1,62 abaixo da paridade de importação ?baliza em relação às cotações internacionais.

É a maior defasagem no preço da gasolina desde o dia 15 de junho. No caso do diesel, é a maior desde 29 de abril.

Em reunião do conselho de administração na semana passada, porém, a direção da companhia defendeu ao conselho de administração que os preços estão alinhados às cotações internacionais. Com maioria dos membros aliada a Bolsonaro, o conselho não questionou.

Segundo a ANP, o preço do diesel caiu 0,4% nas bombas, para R$ 6,56 por litro. Na semana retrasada, o combustível havia registrado a primeira alta em 16 semanas. A Petrobras não mexe no preço do diesel desde meados de setembro.

O etanol hidratado subiu 2,5%, para R$ 3,63 por litro. Já o preço do gás de cozinha permaneceu praticamente estável, em R$ 109,86 por botijão de 13 quilos.

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ANP


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