SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Amazon anunciou nesta quinta-feira (17) que fará uma nova rodada de demissões em 2023 após o plano de desligar 10 mil funcionários de cargos corporativos, tecnologia, varejo e recursos humanos. Ainda não há previsão de quantos funcionários serão afetados a partir do ano que vem.
O anúncio foi feito pelo presidente-executivo da Amazon, Andy Jassy, e confirma uma mudança dramática na empresa conhecida por sua criação de empregos e reforça as últimas demissões recentes do setor de tecnologia.
Jassy publicou uma carta aberta aos funcionários. No texto, o presidente-executivo diz que as demissões fazem parte da "revisão anual do planejamento operacional" em que a companhia avalia seus negócios e adota medidas sobre as áreas que entendem que precisam de mudanças.
"A revisão deste ano é mais difícil devido ao fato de que a economia permanece em uma situação desafiadora e contratamos rapidamente nos últimos anos", afirmou Jassy.
"Nosso processo de planejamento anual se estende até o próximo ano, o que significa que haverá mais reduções de função à medida que os líderes continuam fazendo ajustes. Essas decisões serão compartilhadas com os funcionários e organizações afetadas no início de 2023."
Segundo Jassy, cada divisão está analisando o tamanho de suas equipes e os investimentos que pretendem fazer no futuro com base no que mais interessa para os consumidores e na saúde da empresa a longo prazo.
"Estamos trabalhando para apoiar aqueles que são afetados e tentando ajudá-los a encontrar novas funções nas equipes que precisam", afirmou ele. "Nos casos em que isso não for possível, estamos oferecendo pacotes que incluem um pagamento de separação, benefícios transitórios de seguro de saúde e suporte externo para colocação em trabalho."
No início do mês, a Amazon anunciou que novas contratações corporativas estavam "pausadas". Antes disso, em outubro, as contratações para a área de varejo também já haviam sido congeladas.
Durante anos, a varejista online teve como objetivo tornar a Alexa, sua assistente de voz, onipresente para fazer qualquer pedido de compras, embora não estivesse claro o quão amplamente os usuários o adotaram para tarefas mais complexas do que verificar as notícias ou o clima.
A unidade que abriga a Alexa registrou um prejuízo operacional de mais de US$ 5 bilhões em um ano. A Amazon perdeu cerca de 40% do valor de mercado até agora em 2022.
Enquanto a Amazon tem trabalhado para codificar respostas inteligentes para qualquer pergunta que a Alexa possa esperar dos usuários, o Google e o OpenAI, apoiado pela Microsoft, tiveram avanços em chatbots.
A Amazon é a mais recente empresa dos Estados Unidos a realizar demissões profundas na base de funcionários para se preparar para uma possível desaceleração econômica.
Na semana passada, a Meta, dona do Facebook, anunciou mais de 11 mil demissões, ou 13% de sua força de trabalho. Outras empresas, como Twitter, de Elon Musk, Microsoft e Snap, tomaram medidas semelhantes.
A desaceleração econômica e o aumento dos custos de mão de obra e transporte prejudicaram empresas que contrataram agressivamente durante a pandemia, quando aumentou a demanda por comércio eletrônico para serviços baseados em nuvem.
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