SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A morte da artista plástica Rochelle Costi, num atropelamento no último sábado (26), "teve todos os contornos de uma fatalidade", diz um comunicado emitido por sua família nesta quarta (30).
Um dos grandes nomes da arte contemporânea do país, Costi deixava o Museu da Imagem e do Som, na zona oeste paulistana, quando foi atingida por um motoqueiro. Ela foi levada ao Hospital das Clínicas, mas morreu aos 61 anos.
"No relato reiterado das testemunhas, o condutor da motocicleta que a atingiu não trafegava na contramão nem em alta velocidade, não abandonou o local depois do choque e tentou insistentemente prestar socorro", diz a nota.
Os familiares apontam que versões surgidas nas redes sociais têm atribuído acusações "falsas e irresponsáveis" ao autor do atropelamento e querem se contrapor a esses relatos.
O objetivo, segundo a nota, é evitar "penalizar ainda mais quem se vê involuntariamente envolvido em uma tragédia". "Não há culpados. Fiquemos em paz."
Nascida na cidade gaúcha de Caxias do Sul, Costi ganhou projeção nas artes brasileiras a partir da década de 1990, quando participou de mostras importantes como o Panorama da Arte Brasileira, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e a Bienal do Mercosul, em Porto Alegre.
A fotografia foi seu meio de expressão por excelência. Costi se notabilizou por uma obra fotográfica de estranha delicadeza, trabalhando espaços domésticos inventados.
Muitas de suas séries fotográficas partem da exploração de maquetes de casas habitadas por objetos em tamanho real, que, no jogo insólito de escalas criado por ela, parecem gigantescos.
Embora usasse uma ferramenta que exprime o máximo da verdade e do real, como a fotografia, Costi encenava situações fantásticas, sempre no limiar entre a realidade e o terreno dos sonhos.
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