SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Alibaba, Amazon, Mercado Livre, Fedex e até os Correios voltaram a conversar com integrantes do governo interessados em arrematar o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O interesse dos estrangeiros no local é transformá-lo no maior terminal de cargas da América Latina.

Depois da devolução do contrato pelos antigos concessionários, há dois anos, o governo decidiu colocá-lo novamente para a iniciativa privada.

Viracopos foi concedido em 2012 à Aeroportos Brasil, formada por Infraero, pelas construtoras UTC e Triunfo e pela francesa Egis. A concessionária pediu recuperação judicial em 2018. Além da crise econômica, a concessão sofreu com a redução de movimento de passageiros provocada pela pandemia.

Em dezembro de 2020, o processo de recuperação foi encerrado a pedido da própria empresa, passo dado para permitir o processo de relicitação.

O aeroporto passou, então, a registrar forte crescimento no transporte de cargas, particularmente do ecommerce, o que reacendeu o apetite dos grupos estrangeiros.

Em 2021, pela primeira vez desde sua concessão, Viracopos teve lucro. De acordo com os números divulgados, a receita bruta foi de R$ 1,1 bilhão, quase 30% acima do ano anterior, com um lucro líquido no exercício de R$ 276 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 322 milhões de 2020, segundo a empresa.

Segundo a Secretaria de Aviação Civil, a movimentação de cargas, que era de 600 mil toneladas por ano, em 2018, já passou para a casa de 1,5 milhão de toneladas ?rivalizando com Guarulhos (SP), maior porta de entrada do comércio por via aérea.


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