DAVOS, SUÍÇA (FOLHAPRESS) - O ministro da Economia, Fernando Haddad, reuniu-se na tarde desta terça (17) com a diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, para falar dos planos do governo Lula na área fiscal.
"O FMI, sabendo do debate brasileiro sobre âncora fiscal, colocou uma equipe técnica à disposição do Brasil para que o Brasil conheça todas as regras hoje em vigor e a opinião deles sobre as que estão dando certo e as que não estão dando tão certo", disse Haddad em Davos, onde participa do encontro anual do Fórum Econômico Mundial.
A ideia, completou, é levar ao Congresso uma proposta que seja "mais crível e sustentável".
A Fazenda esperar apresentar o arcabouço fiscal em abril, e, até o fim do semestre, aprovar a reforma tributária.
O ministro também afirmou que o fundo frisou a importância da responsabilidade política e social do país, além da fiscal: "Unir responsabilidade fiscal com social é importante até para o FMI".
Questionado sobre eventuais receios de investidores estrangeiros, Haddad minimizou a preocupação com um estouro de gastos. "Nosso alvo é que as despesas e as receitas voltem para o patamar anterior à pandemia e anterior à eleição, em que receitas e despesas estavam muito próximas uma da outra", afirmou.
Ele repetiu ainda que os investidores estrangeiros têm grande interesse no país e que as agendas de ambiente e respeito à democracia ganharam relevância.
Além de Georgieva, Haddad se reuniu nesta terça com representantes dos governos de Arábia Saudita e Colômbia.
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