SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) apresentou um projeto de lei que pede a proibição de atividades político-partidárias por parte do presidente e dos diretores do Banco Central.

Segundo a proposta, levada à Câmara pelo parlamentar antes do Carnaval, a cúpula da autoridade monetária fica proibida de apoiar ou criticar candidatos, lideranças e partidos.

O deputado afirma que o BC tem autonomia para cumprir metas sem a interferência do governo, inclusive com os mandatos em ciclos opostos aos do presidente da República, mas critica suposta ligação de Roberto Campos Neto, presidente do órgão, ao bolsonarismo.

"Se o BC precisa de autonomia em relação ao governo para tomar suas decisões de forma neutra, pressupõe-se que seus diretores -e, principalmente, o seu presidente- não deveriam possuir nenhum tipo de envolvimento político-partidário. Não é isso, contudo, o que se observa na conduta do presidente Roberto Campos Neto, uma vez que há diversos indícios de sua relação de proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro", argumenta o deputado na defesa da proposta.

Bismarck cita matéria da Folha que revelou a presença de Campos Neto em um grupo de WhatsApp de ex-ministros de Bolsonaro. Menciona também a participação do presidente do BC em eventos de bolsonaristas e questiona o uso da camiseta da seleção, símbolo do ex-presidente, para votar no ano passado.

Procurado pelo Painel S.A., o BC não quis comentar.


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