SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A reunião que ocorreu no mês passado foi considerada um fracasso. Nela, o trio de acionistas formado pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles se dispuseram a colocar R$ 7 bilhões na Americanas. Os bancos querem o dobro.
O clima para a retomada não é bom. Um grupo de credores da Americanas considera que a insistência do trio de acionistas da empresa na narrativa de que nada sabiam e que foram enganados por diretores da rede de lojas é o mesmo que cutucar a onça com vara curta. E só serve para acirrar os ânimos em meio à tentativa de negociação para manter a rede de lojas em pé.
Credores afirmam à reportagem que o primeiro passo para que a negociação em curso evolua é o reconhecimento de que o trio Jorge Paulo Lemann, Marcelo Telles e especialmente Beto Sicupira têm responsabilidade sobre o que aconteceu na companhia. E precisam colocar dinheiro do bolso para salvá-la.
Mas eles enxergam justamente o contrário: a intensificação de uma tentativa de construir junto à opinião pública a ideia de que o trio foi ludibriado tanto quanto os demais que investiram na empresa.
Os mesmos banqueiros e debenturistas dizem que a versão não para em pé. O diretor de um banco chega a afirmar que nem mesmo o letreiro de uma placa da loja no interior do país era trocado sem que Sicupira fosse informado.
Já o trio tem afirmado que não participava da gestão da Americanas e que não tinha ideia das fraudes que foram praticadas. A evidência disso é que perderam milhões com o rombo anunciado pela empresa no começo do ano.
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!