RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O consumo das famílias, motor do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, fechou o ano de 2022 com crescimento acumulado de 4,3%. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O consumo é o principal componente do PIB sob a ótica da demanda -ou seja, dos gastos com bens e serviços. Responde por cerca de 60% do indicador.
O ano de 2022 foi marcado pela derrubada das restrições da pandemia de Covid-19. A reabertura da economia, dizem analistas, estimulou os gastos de parte das famílias com serviços.
Negócios como bares, restaurantes, hotéis, empresas de transporte e pequenos comércios integram o setor de serviços nos cálculos do PIB.
O consumo também teve incentivo da reação do mercado de trabalho. Além disso, com a proximidade das eleições de 2022, o governo Jair Bolsonaro (PL) apostou em medidas como a ampliação do Auxílio Brasil e os cortes de impostos sobre os combustíveis.
Essas ações ocorreram em meio a um cenário de juros altos, inflação pressionada e endividamento elevado. Os três fatores são vistos por analistas como responsáveis por impedir uma recuperação maior do consumo.
Nesta quinta, o IBGE também informou que os investimentos produtivos na economia brasileira, medidos pelo indicador de FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), subiram 0,9% em 2022.
O PIB sob a ótica da demanda contempla ainda exportações, importações e consumo do governo.
As exportações tiveram alta de 5,5% no ano passado. Já as importações aumentaram 0,8%.
O consumo do governo, por sua vez, avançou 1,5% em 2022.
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