SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, se reuniu nesta sexta-feira (3) com associações dos bairros do entorno de Congonhas, que em agosto do ano passado tentavam suspender a concessão do aeroporto.

Sem sucesso nos esforços na Justiça para barrar o leilão, vencido pela espanhola Aena, representantes da vizinhança agora levaram ao novo ministro suas queixas contra a poluição sonora, que deve piorar após o aumento no número de voos do terminal.

Segundo Guilherme Canton, presidente da ANMA, uma das associações que reúne vizinhos de Moema, a intenção agora não é tentar embargar a licitação.

"Não acho que o tema seja cancelar, mas discutir os parâmetros e as contrapartidas para mitigar. Mudou o vento, tanto é que o ministro se dispôs a nos atender", diz Canton.

Uma das ideias é a possibilidade de instalação de janelas contra ruído nas escolas, hospitais e residências mais afetadas pelo barulho dos aviões, além de um fundo de mitigação para danos ambientais.

O processo para a concessão atravessa um impasse na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) sobre o uso de precatórios para quitar parte da outorga.


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