SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - IA generativa pode elevar PIB global em 7%, início das demissões na Disney e outros destaques do mercado nesta terça-feira (28).

**IA PODE ELEVAR PIB GLOBAL EM 7% AO ANO**

Apenas 3 em cada 10 trabalhadores dos Estados Unidos não devem ter sua rotina afetada pelos últimos avanços da IA (inteligência artificial) generativa, segundo uma pesquisa do Goldman Sachs.

Esse tipo de tecnologia, chamada dessa forma por gerar novos conteúdos, não necessariamente vai substituir os empregados.

Cerca de 63% dos trabalhadores americanos terão parte do tempo liberado para atividades mais produtivas, enquanto apenas 7% estão em empregos em que pelo menos metade das tarefas pode ser automatizada e, portanto, são vulneráveis à substituição.

ENTENDA

As estimativas do Goldman se baseiam numa análise de dados dos EUA e da Europa sobre as tarefas normalmente executadas em milhares de ocupações diferentes.

Os pesquisadores presumiram que a IA seria capaz de automatizar tarefas como preencher declarações fiscais para pequenas empresas, avaliar cobranças de seguro complexas ou documentar os resultados de investigações criminais.

Eles não previram que a IA seja adotada em tarefas mais delicadas, como tomar decisões judiciais, verificar as condições de pacientes em tratamento intensivo ou estudar leis tributárias internacionais.

BOOM DE PRODUTIVIDADE

O avanço da tecnologia poderia aumentar o PIB global em cerca de 7% ao ano num período de 10 anos, segundo os pesquisadores.

Ao considerar também os países em desenvolvimento, em que a parcela de trabalho manual é maior, estima-se que cerca de um quinto do trabalho possa ser substituído pela IA ?ou cerca de 300 milhões de empregos em tempo integral nas grandes economias.

MAIS SOBRE O IMPACTO DA IA NO TRABLHO

A IA generativa tem deixado artistas indignados nos EUA por copiar em segundos os estilos que eles levaram anos para desenvolver. A batalha chegou aos tribunais.

**SVB É COMPRADO POR BANCO REGIONAL**

O First Citizens disse nesta segunda (27) que irá comprar a maior parte do SVB (Silicon Valley Bank), banco cuja falência no início do mês desencadeou uma crise entre as instituições financeiras regionais dos EUA que acabou chegando na Europa.

**EM NÚMEROS**

O comprador assumirá depósitos de US$ 56 bilhões e empréstimos de US$ 72 bilhões do SVB a um desconto de US$ 16,5 bilhões. As agências físicas também serão incorporadas.

As ações do First Citizens dispararam 53% no pregão desta segunda, com os analistas avaliando que foi um bom negócio para o banco.

O otimismo se espalhou por outros bancos regionais americanos e também na Bolsa brasileira, que fechou perto dos 100 mil pontos.

A transação só aconteceu porque o FDIC, fundo garantidor do sistema financeiro americano, concordou em assumir as perdas ou ganhos que o First Citizens tiver com os empréstimos concedidos pelo SVB.

O órgão estima que a falência do "banco das startups" custará para ele cerca de US$ 20 bilhões.

QUEM É QUEM

O First Citizens é um banco da Carolina do Norte que dobrará de tamanho com a aquisição do SVB. Apesar de não ser do nicho da tecnologia, tem experiência com a aquisição de bancos falidos: foram dois na crise de 2008 e mais dois em 2010 e 2011.

O SVB foi fundado há 40 anos no Vale do Silício e se tornou uma solução para startups que precisavam de crédito para crescer. Também utilizado pelos fundos que investiam nessas empresas, ele quebrou após ter tomado decisões estratégicas erradas.

**DISNEY COMEÇA A DEMITIR**

A Walt Disney começou nesta segunda a efetivar as 7.000 demissões anunciadas no início deste ano, em uma tentativa de deixar o negócio mais enxuto no cenário de juros altos e queda nas receitas.

Entre as áreas afetadas, destacam-se as de mídia e entretenimento, que vinham dando mais prejuízo para a companhia.

Os setores de parques, experiências, produtos e a parte corporativa também sofrerão cortes, enquanto a ESPN não deve ser afetada nesta rodada de demissões.

Uma nova leva de desligamentos na companhia deve acontecer no mês que vem.

RELEMBRE

A Disney disse em fevereiro que os 7.000 cortes representavam cerca de 3% do pessoal e estavam inseridos no plano da empresa de economizar US$ 5,5 bilhões em custos nos próximos anos.

Foi a primeira grande medida anunciada por Bob Iger, que reassumiu o cargo de CEO após uma troca inesperada no comando da companhia, com a demissão de Bob Chapek.

A gestão do antigo executivo ?que havia sido o sucessor de Iger? ficou marcada pelos recursos gastos para assumir a liderança do setor de streaming, que totalizaram um prejuízo de US$ 1,5 bilhão em um só trimestre.

Essa área agora é o foco da tesoura de Iger, que já conseguiu reduzir o prejuízo em cerca de US$ 400 milhões no último trimestre do ano passado.

**O OVO FICA MAIS CARO NA QUARESMA?**

Por que o ovo está mais caro no Brasil? São várias as razões, mas a que menos tem influência é aquela que costuma circular nas feiras entre abril e junho: a de que galinhas botam menos ovos durante a quaresma.

O QUE EXPLICA

A impressão popular pode ter a ver com o período do ano. Como a produção das galinhas é ativada pela luminosidade, e os dias vão ficando mais curtos nesses meses que antecipam o inverno, as aves acabam produzindo menos na época de quaresma.

Mas esse processo é apenas relevante no caso das galinhas caipiras, que são criadas soltas, mas respondem por uma parcela muito pequena da produção brasileira.

No regime industrial, os animais recebem luz artificial para simular dias constantes, evitando que a produção de ovos seja prejudicada. São, em média, 16 horas de luz por dia.

POR QUE ENTÃO O PREÇO AUMENTOU?

A principal razão é a diminuição da oferta.

A alta do custo de produção nos últimos anos, com o encarecimento da soja e do milho, usados na ração dos animais, fez o produtor reduzir a quantidade de aves na granja.

Lá fora, o fenômeno também foi observado, principalmente no início do ano. O principal fator em países como os EUA, porém, foi a gripe aviária, que diminuiu bastante a oferta de galinha.

A doença, que já chegou aos nossos países vizinhos, ainda não ultrapassou as fronteiras do Brasil.

EM NÚMEROS

Em Bastos (SP), principal região produtora do estado de São Paulo, o preço do ovo branco tipo extra teve aumento de 20,6%, passando de R$ 145,90 a caixa com 30 dúzias em março de 2022 para R$ 175,97 no mesmo período deste ano.

Além dos ovos, o arroz e o feijão também pressionam os preços dos alimentos no Brasil, escreve Mauro Zafalon na coluna Vaivém das Commodities.

**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**

JUROS

Comunicado do Copom é ato político e saiu no tom errado, diz Tebet. Ministra do Planejamento fez críticas à manutenção da taxa de juros em 13,75%, feita pelo BC.

AMBIENTE

Governo Lula aposta em combustíveis fósseis na contramão do discurso climático. Petrobras tenta perfurar poços na foz do Amazonas enquanto Minas e Energia anuncia expansão de investimentos em exploração.

GOVERNO LULA

Venda da Eletrobras está consolidada, diz ministro das Minas e Energia. Alexandre Silveira afirma que cabe ao governo cobrar para que empresa, privatizada no ano passado, funcione adequadamente.

HAPVIDA

Família dona da Hapvida decide colocar R$ 1,6 bi na empresa. Medida envolve compra de hospitais e oferta de ações divulgada em comunicado nesta segunda (27).

MERCADO FINANCEIRO

Órgão regulador dos EUA aciona Binance na Justiça por transações ilegais. Os reguladores acusam a Binance de vender produtos para clientes americanos sem respeitar a regulação do país.


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