SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Grupo CCR demitiu mais de cem profissionais depois de uma investigação interna que, segundo a empresa, detectou uso indevido do benefício de reembolso do plano de saúde.
Ainda segundo a companhia, os cortes ocorreram nos últimos meses, e a investigação apontou um custo adicional superior a R$ 12 milhões para a empresa em cinco anos.
Os casos envolvem principalmente os tratamentos de estética e emagrecimento, RPG e acupuntura. "Os fraudadores dividiam o valor de procedimentos não praticados, superfaturados ou desnecessários com profissionais ou clínicas de saúde de fachada", diz a empresa em nota.
Segundo a CCR, o caso envolve falhas no processo realizado pelas operadoras de saúde que fazem o reembolso. A estimativa é que as fraudes encareçam o custo do plano de saúde entre 5% e 10%, tanto para empresas como para colaboradores.
Situação semelhante aconteceu no mês passado, no Itaú, com a demissão de 80 funcionários.
Segundo o banco, houve má conduta dos trabalhadores no pedido de reembolso de consultas e procedimentos.
As demissões acontecem no momento em que os planos de saúde colocam em prática um esforço para elevar o escrutínio contra fraudes.
Em outubro do ano passado, a FenaSaúde (federação que representa as operadoras) criou uma gerência para aumentar a fiscalização sobre os dribles mais comuns na utilização dos planos. Na ocasião, a entidade também apresentou ao Ministério Público de São Paulo uma notícia-crime sobre uma rede de empresas de fachada criada com o intuito de fazer pedidos de reembolsos fraudulentos em larga escala contra operadoras, que somaram cerca de R$ 40 milhões.
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