SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em leve alta nesta segunda-feira (29) após democratas e republicanos terem chegado a um acordo no fim de semana para aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos.

O anúncio encerrou um impasse que se alastrava por semanas e gerava cautela a investidores, uma vez que um possível calote do Tesouro americano poderia desestabilizar os mercados financeiros globais.

Agora, o acordo precisa ser aprovado pelo Congresso americano. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse no domingo (28) que finalizou o acordo orçamentário para ampliar o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões está pronto para ser encaminhado ao Congresso para votação.

Às 9h12 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,12%, a R$ 4,9912 na venda. Na B3, às 9h12 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,15%, a R$ 4,9945.

Na última sessão, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9851 reais na venda, com baixa de 0,99%.

Na última sexta-feira (26), o dólar caiu e a a Bolsa brasileira teve alta ante indefinições sobre o acordo do teto da dívida e após a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara no Brasil. Dados de inflação positivos no país também ajudaram o Ibovespa a fechar no positivo.

O Ibovespa fechou o dia em alta de 0,77%, a 110.866 pontos, enquanto o dólar caiu 0,93%, a R$ 4,988, com desvalorização de 1,6% na semana.

Na quinta-feira (25), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a inflação medida pelo IPCA-15 desacelerou a 0,51% em maio, após subir 0,57% em abril. O dado surpreendeu positivamente o mercado e deu força às apostas de uma redução antecipada da Selic (taxa básica de juros), o que apoia a Bolsa.

Nos destaques positivos da semana, houve, ainda, a aprovação do texto-base do arcabouço fiscal no Congresso com ampla maioria, numa vitória do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A tramitação do projeto era acompanhado por investidores há semanas, que esperam uma redução da percepção de risco no país com as novas regras fiscais no país.

Com isso, os mercados de juros futuros fecharam a semana em queda. Os contratos para janeiro de 2024 foram de 13,31% para 13,17%, enquanto os para 2025 caíram de 11,74% para 11,46%.

Os índices do exterior também apoiaram o Ibovespa nesta sexta, com mais otimismo sobre o aumento o teto da dívida dos EUA. O impasse chegou a derrubar os mercados internacionais no início da semana, mas sinalizações de que um acordo entre democratas e republicanos está próximo aumentou a confiança de investidores.

O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq subiram 1,00%, 1,30% e 2,19%, respectivamente. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 1,15%, a 461,41 pontos, o maior ganho em um dia em quase dois meses, recuperando-se da mínima de oito semanas atingida na quinta-feira.


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