SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um levantamento com 34 países que já divulgaram dados para o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2023 mostra que o crescimento médio dessas economias foi de 0,4% no período, segundo dados disponibilizados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
São 27 economias com crescimento, uma com estabilidade (Alemanha) e 5 com retração, na comparação com o trimestre anterior.
O PIB do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior, de acordo com informação divulgada nesta quinta-feira (1º) pelo IBGE. O país está entre os três que tiveram o melhor resultado no período, atrás apenas de Polônia e China. Holanda, Irlanda e Lituânia ficaram na lanterna do ranking.
O resultado do início desse terceiro mandato é bem diferente da queda registrada no início do primeiro governo Lula, quando o presidente utilizou o discurso de que os resultados estavam ligados a uma suposta "herança maldita" da gestão anterior.
CHINA E EUA
Enquanto a potência asiática ganhou fôlego no período, os EUA e outros países registraram desaceleração. A perspectiva é de esfriamento da economia global ao longo deste ano -o que afeta também o Brasil--, diante do aumento generalizado de juros para combater a inflação.
A China cresceu 2,2% no período entre janeiro e março. O fim das restrições contra a Covid-19 e o esforço de Pequim para acelerar o crescimento ajudaram a economia chinesa a se recuperar após ter registrado um de seus piores resultados no ano passado.
Nos EUA, a economia cresceu a uma taxa anualizada de 1,3%, com desaceleração na comparação com o final de 2022 e abaixo das estimativas de mercado. Com a desaceleração, há expectativa de que a autoridade monetária dos EUA tenha mais cautela na definição de sua política monetária, diante dos temores de uma possível recessão.
A Zona do Euro apresentou crescimento de apenas 0,1%, mas algumas economias, como Portugal, tiveram desempenho acima da previsão de boa parte dos analistas.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) avalia que, após dois anos de demanda elevada depois da pandemia da Covid-19, a economia global deve desacelerar neste ano e no próximo.
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