BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (15) que a economia brasileira vai superar as estimativas do Fundo Monetário Internacional, de alta de 0,9%, e vai crescer mais de 2,5% neste ano.
O mandatário afirmou que disse isso à dirigente do FMI, Kristalina Georgieva, durante reunião do G20 no Japão. "Eu quero no final do ano provar para ela que ela estava errada com relação ao PIB brasileiro. Vamos crescer mais que 0,9%. Vamos crescer acima de 2%, 2,5% e se acontecer o que estou pensando a gente pode até crescer um pouco mais", afirmou.
Lula também voltou a criticar a alta taxa de juros do Brasil, afirmando que não existe "explicação" para o índice atual de 13,75% ao ano.
Lula concedeu entrevista para rádios de Goiás na manhã desta quinta-feira (15). O mandatário viaja no dia seguinte para aquele estado, onde inaugura um anel viário em Jataí (GO) e um trecho da ferrovia Norte-Sul, em Rio Verde (GO).
Ele afirmou na entrevista que vai convidar o ex-presidente José Sarney (MDB) para acompanhá-lo na viagem, por ele ter iniciado a obra nos anos 1980.
O presidente argumentou que a economia brasileira está sendo fortalecida, inicialmente, com a retomada dos programas sociais, como o Bolsa Família. Argumentou que esses recursos vão "irrigando dinheiro na base" do país.
"A primeira coisa que fizemos foi retomar todas as políticas sociais que estavam funcionando corretamente, políticas sociais vão irrigando dinheiro na base desse país, para o pequeno produtor, para o pequeno empreendedor, para as pessoas do Bolsa Família que estão na previdência social esperando a sua fila para se aposentar", afirmou.
Lula ainda acrescentou que espera que a economia retome desempenho de seus dois primeiros mandatos, crescendo em torno de 7,5%. No entanto, afirmou que governar é "plantar uma semente" e que é necessário tempo para chegar a esses índices novamente.
O crescimento da economia no primeiro trimestre do seu governo, de 1,9%, se deveu principalmente ao impulso do agronegócio.
Assim como vem fazendo com frequência, o presidente novamente criticou a alta taxa de juros no Brasil, como um empecilho para o crescimento da economia. E acrescentou que elas são desproporcionais com o índice atual de inflação.
"Não tem explicação nesse país a taxa de juros a 13,25 com inflação a 4,5%. Não tem nenhum sentido, nenhuma explicação. Não temos inflação de demanda, porque o povo não está comprovando. Temos 72% da população brasileira endividada", afirmou o presidente.
O mandatário também foi questionado sobre a relação com o agronegócio, setor ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Então afirmou que o problema dos representantes do agronegócio com seu governo é "ideológico" e não econômico.
Lula também voltou a afirmar que vai lançar um Novo PAC no dia 2 de julho, em referência a um programa para obras de infraestrutura.
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!