SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em leve alta nesta quinta-feira (6) após ter registrado alta na véspera em meio a expectativas pela votação da reforma tributária na Câmara. O mercado também monitora o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que deve promover novas altas de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.
Na quarta (5), a autoridade monetária americana divulgou a ata de sua reunião de política monetária de junho, que mostrou que, apesar de a maioria de seus membros terem defendido uma pausa nos juros em junho, alguns deles consideram adequado um novo aperto.
Investidores aguardam nesta quinta a divulgação de dados de desemprego nos Estados Unidos, que podem deixar mais claro o cenário para a próxima decisão do Fed.
Às 9h11 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,21%, a R$ 4,8618 na venda. Na B3, às 9h11 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a R$ 4,8840.
A Bolsa brasileira subiu 0,39% e fechou a 119.549 pontos nesta quarta-feira (5), apoiada pela expectativa do mercado sobre a votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. O dólar também teve alta e terminou o dia cotado a R$ 4,850, com valorização de 0,22% após a divulgação da ata do Fed.
A tramitação da reforma tributária foi o maior foco de atenção dos investidores no Brasil. O texto deve ser votado nesta semana, mas conflitos internos no Congresso levantaram preocupações, dizem analistas, o que também contribuiu para a alta do dólar nesta quarta.
Os mercados futuros mantiveram a tendência do início do dia e registraram leve alta. Os juros para 2024 saíram de 12,79% para 12,81%, enquanto os para 2025 foram de 10,71% para 10,76%.
Altas de ações da Magazine Luiza (1,18%) e do Itaú (0,79%), que foram as únicas dentre as mais negociadas que tiveram desempenho positivo, deram suporte ao Ibovespa. O maior ganho do dia ficou com a BRF, que subiu 10,27% após anunciar uma oferta de ações que permitirá a concretização de um investimento da saudita Salic e da Marfrig na companhia brasileira.
Pressionaram o desempenho do Ibovespa, porém, quedas de Petrobras (0,33%) e Vale (0,98%), as maiores da Bolsa. Enquanto a petroleira passa por correção após forte valorização recente, a mineradora foi afetada por preocupações sobre a demanda de aço na China.
Já os índices acionários dos EUA registraram perdas desde o início no dia, justamente por conta de preocupações sobre uma nova alta de juros no país. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq caíram 0,38%, 0,20% e 0,18%, respectivamente.
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