BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que se a votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados ocorrer nesta quinta-feira (6) o seu partido deve votar contra o projeto.

"Fechar questão [contra o projeto] ainda não foi definido. O que foi definido é que, caso votação se encaminhe hoje, nós lamentamos, mas PL provavelmente vai votar contra", disse ao sair de reunião com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de parlamentares da sigla. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também participou de parte do encontro.

Assim, o caminho provável do partido, que tem a maio bancada da Câmara, é de encaminhar o voto negativo para a reforma, mas sem fechar questão, o que implicaria em punições para os deputados que votarem a favor da medida.

Segundo relatos da reunião, o próprio ex-presidente sinalizou em sua fala que o partido deveria se posicionar contra, mas não fechar questão.

Bolsonaro divulgou duas notas nos últimos dias contra a proposta. A avaliação geral no partido é de que há açodamento na discussão da reforma.

O governador de São Paulo e Bolsonaro passaram cerca de duas horas reunidos antes de irem para a reunião do PL. A principal pauta foi a reforma tributária, a qual Freitas se opunha a princípio.

Depois de mudanças negociadas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o governador modulou seu discurso e afirmou que concorda com 95% da reforma.

Na reunião com a bancada, os debates foram acalorados, apurou a Folha, com os deputados mais bolsonaristas se contrapondo a posição de Freitas. Apesar de não ser do PL, o governador participou de parte do encontro a convite de Bolsonaro e Costa Neto.

Para Marinho, é necessário mais tempo para que os parlamentares conheçam o texto.

"Texto tem mais de 140 páginas. Qualquer deputado que vai proferir seu voto precisa entender suas consequências, de que maneira vai afetar dia a dia a população brasileira. Bom senso determina que tenhamos maior necessidade de se debruçar sobre o texto", avaliou.

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Rogério Marinho


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