SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (6) que procurou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio ao debate da reforma tributária. O parlamentar, no entanto, não recebeu resposta pelo contato.
"Mandei mensagem e não fui respondido. Não liguei, não consegui falar", disse. De acordo com Lira, o PL de Bolsonaro não fechou questão contra a proposta, mas encaminhará (ou seja, recomendará) o voto contrário.
Bolsonaro tem se posicionado de forma contrária à proposta e chegou a se desentender com o ex-ministro e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acerca do tema.
Lira afirmou ainda que não há possibilidade de adiar a votação da reforma tributária no plenário da Casa, prevista para começar às 18h.
"Não há possibilidade de adiar a votação. Entendemos que esse tema está seguro, está bastante discutido, não há nenhuma plausibilidade no pedido de adiamento. Quem está aventando essa possibilidade, não creio que votará a favor do tema nem agora nem em agosto", afirmou ao chegar à Câmara dos Deputados.
"Temos que dar oportunidade do debate, temos que ouvir a todos, ouvimos, e vamos levar à plenário e esperar o resultado democrático dos senhores parlamentares. Se houver quórum, parabéns para todos. Se não houver, mais uma tentativa que o Brasil perde", seguiu.
Lira disse ainda que a votação deverá ser concluída ainda no mesmo dia e que acredita na aprovação do texto. "Se tiver votos para o primeiro turno, terá para o segundo."
Por se tratar de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), a matéria precisa do voto de 308 deputados em dois turnos no plenário da Câmara para ser aprovada e seguir para o Senado.
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