SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Reforma tributária em 5 pontos, as diferenças entre Threads e Twitter e outros destaques do mercado nesta sexta-feira (8).
**PRIMEIRO PASSO DA REFORMA TRIBUTÁRIA**
A Câmara deu um importante passo nesta quinta (6) para avançar com uma discussão travada há mais de 30 anos e mudar um sistema criado na década de 1960.
O texto-base da PEC da Reforma Tributária foi aprovado em primeiro turno por 382 deputados ?eram necessários 308. Foram 18 votos contrários e 3 abstenções. Veja aqui como cada deputado votou.
Após a apreciação dos destaques, o texto será votado em segundo turno na Câmara. Depois disso, a proposta vai ao Senado.
Cinco pontos para entender o principal do texto aprovado na Câmara:
1 - O que: a proposta prevê a fusão de PIS, Cofins e IPI (tributos federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal) em um IVA. O Imposto sobre Valor Agregado é usado em 174 países.
Uma parte dele será administrada pelo governo, com o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), e a outra, por estados e municípios pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
Também será criado um imposto seletivo sobre bens e serviços considerados prejudiciais à saúde (como cigarros e álcool) ou ao meio ambiente.
2 - Quando: começa em 2026 a implementação, com alíquota teste de 0,9% para a CBS e de 0,1% para o IBS. No ano seguinte, saem PIS e Cofins para dar lugar ao CBS.
Aqui uma das 25 exceções: o IPI também será zerado, o que não irá valer para produtos que tenham industrialização na Zona Franca de Manaus.
A transição para o IBS será mais demorada, e os impostos estaduais e municipais só deixarão de existir em 2033.
3 - Qual a alíquota: não está na PEC. Apesar da cobrança padrão ser estimada em 25%, as alíquotas de cada tributo serão definidas depois, em lei complementar ?que depende de menos votos?, pois vão depender de cálculos feitos em conjunto com o Ministério da Fazenda.
Nesse caso aparecem outras exceções: alíquota reduzida (equivalente a 40% do valor cheio) para alguns bens e serviços, como serviços de saúde, educação, transporte coletivo, produtos e insumos agropecuários, medicamentos, dispositivos médicos e produções artísticas, culturais e jornalísticas.
4 - O que muda: a reforma prevê que a atual carga tributária sobre o consumo não irá aumentar. Mas será um jogo de perde e ganha, alguns terão redução, outros, aumento.
Cálculo do Ipea mostra que apenas os 10% mais ricos vão pagar mais, enquanto os outros 90% terão carga menor.
5 - O que ainda falta definir: a regulamentação de tudo o que está sendo aprovado (alíquotas, o que entra na cesta básica, no imposto seletivo?) ficará para 2024.
Com a aprovação dessa primeira fase da PEC, o governo quer votar ainda neste ano a segunda, a do Imposto de Renda. Ña discussão deve entrar tudo o que diz respeito a esse mundo, incluindo tributação de investimentos, dividendos etc.
Outros pontos que valem destaque:
O Conselho Federativo, que vai gerir o IBS e foi motivo de polêmica entre governadores, terá maior poder dos estados do Sul e Sudeste do que o previsto na versão anterior do texto.
A reforma gerou divergência entre o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que era contra a proposta, mas cujo partido deu 20 votos favoráveis à aprovação.
**AS DIFERENÇAS ENTRE THREADS E TWITTER**
Pouco antes do Threads completar um dia no ar, a rede atingiu 30 milhões de usuários ?graças à sua plataforma irmã, o Instagram?, mas também expôs alguns problemas, principalmente para quem está acostumado com o Twitter.
Um deles é que, ao deletar a conta do Threads, o perfil do usuário no Instagram também será excluído.
Há uma alternativa: desativar a conta de forma temporária, o que oculta o perfil e não afeta a conta do Instagram. Veja aqui como fazer.
O que não tem no Threads que existe no Twitter:
? Janela para aparecer conteúdo apenas de quem você segue. Quem acessou o app da Meta deve ter percebido mensagens de usuários que não estão na lista de perfis seguidos.
Os responsáveis pelo Threads disseram que o recurso de feed de seguidores "está na lista" de novidades para a rede.
? "DMs": não é possível enviar uma mensagem direta privada para outro usuário (como um "direct" no Instagram). A ferramenta aparece nas outras redes mais usadas da Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp).
? Busca por conteúdo: você até consegue procurar por outros perfis, mas não pesquisar por palavras que aparecem nas publicações.
O que tem no Threads que não existe no Twitter:
? Uma rede que não é comandada por Elon Musk. As recentes polêmicas envolvendo a rede do passarinho sob o bilionário podem explicar a correria na Meta para soltar logo o Threads ?e a existência de bugs ou a falta de alguns recursos na nova rede.
? Visualização ilimitada de publicações. Por falar em polêmica, essa foi a mais recente: o bilionário limitou a quantidade de tuítes que os usuários podem ver por dia. Na rede da Meta, isso não existe.
? Rede social aberta? Ainda não está funcionando, mas a Meta prometeu o recurso que tornaria o Threads interoperável com outras redes sociais abertas, como o Mastodon.
A ideia é que usuários de plataformas diferentes possam interagir, semelhante ao formato do email (usuários de um provedor podem escrever para de outro).
**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**
REFORMA TRIBUTÁRIA
Arcabouço e Carf emperram em meio a negociação política e prioridade à reforma tributária. Líderes do centrão dão como certo que a análise dessas duas matérias fique para agosto.
MERCADO
Lula tem 60 milhões de votos e será sempre escutado, diz Galípolo. Novo diretor de Política Monetária do BC, indicado após pressões para que juros caiam, defende 'legitimidade' do presidente.
MERCADO IMOBILIÁRIO
Entenda o projeto de lei que pode destravar o crédito imobiliário. Marco das garantias, aprovado pelo Senado, pretende reduzir o risco do credor e, com isso, diminuir o custo dos empréstimos.
AMBIENTE
Navios devem zerar emissões de carbono por volta de 2050, decidem países Decisão será adotada nesta sexta (7) sob consenso inédito na Organização Marítima Internacional.
TIKTOK
TikTok lança app de música no Brasil e na Indonésia. TikTok Music será pago e vai unir funções de streaming e rede social; assinatura individual custará R$ 16,90.
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!