SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (17) após ter registrado perdas na semana, pressionado pela expectativa do fim do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos. Investidores repercutem dados sobre o crescimento da economia chinesa divulgados nesta madrugada, que vieram piores que o esperado, enquanto seguem à espera das próximas decisões de política monetária de bancos centrais.
Na comparação anual, o PIB da China cresceu 6,3% no segundo trimestre, acelerando de 4,5% nos primeiros três meses do ano, mas a taxa ficou abaixo da expectativa de crescimento de 7,3%.
Dados também mostraram que as vendas de imóveis na China entre junho e maio apresentaram a maior queda mensal deste ano, com base nas vendas por área útil, e o investimento em propriedades também caiu.
Às 9h12 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,32%, a R$ 4,8109 na venda. Na B3, às 9h12 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,39%, a R$ 4,8235.
A Bolsa brasileira caiu 1,30% na sexta-feira (14) após a divulgação de dados sobre o setor de varejo brasileiro em maio, que frustraram as expectativas do mercado ao apontarem quedas nas vendas.
Já o dólar firmou alta no dia após ter registrado quedas nos últimos três pregões, o que tende a gerar movimentos de correção. A divisa americana fechou a sessão de sexta cotada a R$ 4,795, com leve alta de 0,10%.
O Ibovespa sofreu pressão de fortes quedas em ações da Petrobras (2,02%) e da PetroRio (3,00%), que ficaram entre as mais negociadas da sessão, em dia de queda do petróleo no exterior. Baixas de Itaú (1,15%) e Banco do Brasil (0,85%) também impactaram o desempenho da Bolsa.
O pior desempenho do pregão, porém, ficou com a BRF, que caiu 7,89% após ter precificado em R$ 9 por papel sua nova oferta de ações para concretizar o investimento da Salic e da Marfrig na companhia.
Já a Méliuz disparou 13,24% e liderou os ganhos do dia, após suas ações terem fechado na mínima histórica no pregão de quinta (13). A empresa foi apoiada por um reforço de recomendação de compra dos papéis feito pelo BTG Pactual.
Nos mercados futuros, os juros registraram alta, especialmente os de curvas mais longas. Os contratos com vencimento para 2024 subiram de 12,83% para 12,86%, enquanto os para 2025 foram de 10,84% para 10,92%.
No câmbio, o dólar registrou leve recuperação no Brasil e no exterior, mas registrou sua pior semana em oito meses ante outras divisas fortes. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante essas moedas, acumula queda de 2,2% na semana, em sua pior performance desde novembro de 2022.
A moeda americana foi pressionada pela consolidação das expectativas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) deve antecipar o fim da escalada de juros no país, após dados de inflação divulgados na terça (11) terem vindo melhores que o esperado.
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