SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (21), acompanhando movimento visto no exterior em meio a piora no sentimento de risco global após balanços decepcionantes nos Estados Unidos e diante de expectativas pela decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA) na próxima semana.

Com agenda doméstica e internacional esvaziada, as apostas sobre possíveis aumentos de juros neste ano seguem influenciando os negócios, enquanto investidores aguardam novos catalisadores que justifiquem vendas ou compras de ações.

Às 9h04 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,23%, a R$ 4,8126 na venda. Na B3, às 9h04 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,24%, a R$ 4,8190.

Na quinta (20), a Bolsa brasileira registrou alta de 0,34% e fechou aos 117.961 pontos nesta quinta-feira (20), apoiada por Vale e Petrobras, em dia positivo para as commodities no exterior.

O dólar também teve alta e terminou o dia cotado a R$ 4,802, com valorização de 0,33%, após a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.

O principal auxílio para a Bolsa brasileira foi a alta das commodities no exterior, que deu sustentação a papéis da Vale e da Petrobras, as maiores empresas do Ibovespa.

Além disso, um movimento técnico relacionado ao vencimento de opções sobre ações na Bolsa também auxiliou o índice.

As opções são contratos que dão ao titular o direito de vender ou comprar um ativo numa data específica no futuro por um valor pré-determinado. O vencimento de opções, ou seja, a data limite para exercer esse direito, sempre ocorre na terceira sexta-feira do mês, o que impacta o preço dos ativos no pregão do dia.

Nesse cenário, a Bolsa se recuperou e fechou acima dos 118 mil pontos. Leves ganhos de ações da Vale (0,22%) e da Petrobras (0,10%) apoiaram o Ibovespa, além de altas de Renner (0,11%), Itaú (1,64%) e Weg (0,13%), que completam a lista de mais negociadas da sessão.

Na ponta negativa, quedas de Locaweb (4,10%), Gol (3,39%) e Eneva (2,31%) pressionaram o índice, em dia negativo para as "small caps", empresas menores e mais ligadas à economia doméstica.

Nos mercados futuros, a curva de juros para janeiro de 2024 teve leve queda, indo de 12,76% para 12,74%, enquanto os contratos mais longos apresentaram alta.

Já os índices acionários dos EUA registram queda puxadas por ações da Netflix e da Tesla, que divulgaram dados financeiros piores que o esperado na quarta. Os papéis da montadora caíram 9,70% no início desta tarde, enquanto os do gigante do streaming recuaram 8,30%.

Com isso, o S&P 500 e o Nasdaq caíram 0,68% e 2,05%, respectivamente, enquanto o Dow Jones teve alta de 0,47%, diante de uma alta de 6,1% da Johnson & Johnson após a companhia divulgar seu balanço e um aumento na projeção anual de lucro.


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