RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O boletim de operação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) diz que sete estados tiveram o fornecimento de energia totalmente interrompido após a perturbação da rede que gerou o apagão desta terça-feira (15).
Outros 18 foram afetados apenas parcialmente, a maior parte deles de forma controlada, com o acionamento do sistema automático de proteção do sistema elétrico, chamado Erac (esquema regional de alívio de carga).
As informações são do IPDO (Informativo Preliminar Diário da Operação), divulgado todas as manhãs pelo operador com um resumo do que aconteceu no sistema interligado de energia no dia anterior.
Nesta terça, diz o documento, uma ocorrência às 8h31 "provocou a separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste-Centro Oeste, com a abertura das interligações entre essas regiões". Às 8h43 foi iniciado o restabelecimento das cargas no Sul e, às 14h49, todo o sistema estava recomposto.
O IPDO é um relatório da operação do sistema e não traz avaliações sobre as causas da ocorrência. Ele repete informação já dada pelo ONS que a perturbação no sistema derrubou 18,9 mil MW (megawatts), o que equivalia a 27% da demanda naquele momento.
Segundo o documento, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia, Maranhão, Pará e Tocantins tiveram o fornecimento totalmente interrompido. Os quatro primeiros são interligados ao sistema elétrico por linhões específicos -Amapá e Amazonas são conectados ao Pará, e os outros dois, a Mato Grosso.
Já os demais estados do Nordeste e das outras regiões do país tiveram o fornecimento afetado apenas de forma parcial. A região Sul foi a primeira a ter o abastecimento totalmente restabelecido, às 9h05. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o restabelecimento foi concluído às 9h33.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou no fim da tarde de terça que o ONS entregará um primeiro relatório sobre a ocorrência em 48 horas. Silveira disse que o primeiro fato gerador ocorreu no Ceará, mas não deu maiores explicações.
Normalmente, o ONS antecipa ao menos a localização da falha que dá início a distúrbios no sistema no mesmo dia, mas desta vez o operador sequer foi chamado a falar na entrevista coletiva convocada pelo governo para explicar o apagão.
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