BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta terça-feira (5) apoiar a discussão sobre o projeto para combater os supersalários no serviço público. A declaração foi dada em meio à pressão do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pela reforma administrativa.

"Nós passamos em revista todas as leis que estão em tramitação, que tratam do tema da modernização do Estado, que inclui o funcionalismo", disse Haddad, sinalizando que o governo vai priorizar matérias que já estão em tramitação no Congresso Nacional.

"Vou citar um exemplo: a lei dos supersalários, uma lei que já foi votada na Câmara, está no Senado e pode disciplinar uma coisa importante de pôr fim a determinados privilégios e significar uma economia robusta para o Estado brasileiro", acrescentou.

Haddad se reuniu com as ministras Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) para discutir o tema.

"Toda reforma ampla de modernização do Estado passa por vários diplomas legais", afirmou. "Estou dando um exemplo de algo que eu apoiaria discutir vivamente, o PL [projeto de lei] dos supersalários."

"A lei dos supersalários é muito boa, e a gente pode aperfeiçoar os concursos públicos", continuou o ministro, mencionando também o projeto que regulamenta os concursos públicos.

O ponto de partida de Lira para as negociações, uma PEC (proposta de emenda à Constituição), não é do interesse do governo.

Elaborada pela equipe de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, a PEC da reforma administrativa foi enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso em setembro de 2020. O texto foi aprovado com modificações na Câmara dos Deputados em 2021 e retornou ao Senado, onde está parado.


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