BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) pediu, nesta quarta-feira (27), à ministra Margareth Menezes (Cultura) para que ela faça um estudo para "reduzir imposto" sobre livros, como forma de barateá-los.

"A ministra Margareth Menezes tem de me dar um estudo para gente saber o que que a gente pode fazer para reduzir imposto na área de livros, para a gente baratear livros, para as pessoas voltarem a aprender a ler neste país", disse o chefe do Executivo.

"E também aos empresários e prefeitos, cada novo projeto do Minha Casa, Minha Vida tem de ter uma salinha, por menor que seja, para ser iniciação daquela criança em uma primeira biblioteca. (...) A gente vai arrumar não só doadores de livros, mas a gente vai fazer com que o povo brasileiro volte a ler", afirmou.

O presidente ressaltou ainda a importância da construção de escolas de tempo integral, que ele disse que também reduzem a violência, "sobretudo com menores."

"Guardando eles nas escolas, aprendendo a ler, a escrever e aprendendo mais a jogar bola, que eu espero que o [ministro André] Fufuca crie um monte de quadras para essa molecada ter o que fazer no tempo integral nas nossas escolas", disse.

A declaração foi dada durante cerimônia de lançamento das seleções do Novo PAC. Há uma linha exclusiva sobre educação, principalmente para a construção de novas escolas.

O programa é carro-chefe da terceira gestão do presidente e esta etapa já estava anunciado desde o lançamento, em agosto.

Na ocasião, anunciou obras selecionadas dentre as indicadas pelos governadores. Agora o governo fará seleção de novos pedidos de obras dos entes da federação. O período de inscrição é de 9 de outubro a 10 de novembro.

Nesta etapa, segundo o Planalto, serão investidos R$ 65,2 bilhões em 27 modalidades, executadas pelos Ministérios das Cidades, Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Esporte, sob a coordenação da Casa Civil.

Esses recursos já fazem parte dos R$ 1,7 trilhão anunciados em agosto, sendo R$ 1,4 trilhão até o fim do mandato de Lula e outros R$ 300 bilhões após 2026. Os recursos virão do Orçamento da União, de estatais e recursos privados.

Durante o lançamento do programa, em agosto, Lula fez um discurso com acenos a políticos de diversos partidos, pediu mais dinheiro para ampliar o programa e falou sobre a volta de um Estado empresarial e indutor do crescimento.

"Se tiver novos projetos e alguém estiver disposto a ajudar, esse R$ 1,7 trilhão pode crescer para R$ 2 trilhões ou mais. E, se o [ministro Fernando] Haddad [Fazenda], abrir um pouco a mão, pode até ter um pouco mais de dinheiro para a gente fazer mais coisas neste país", afirmou Lula durante o evento de lançamento do programa no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.


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