BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O nome mais esperado do novo governo do ultraliberal Javier Milei foi, finalmente, confirmado: Luis Caputo será seu ministro da Economia. O novo titular da pasta tem fortes relações com o ex-presidente Mauricio Macri, do qual já foi ministro das Finanças e presidente do Banco Central.

Em entrevista a uma rádio local nesta quarta-feira (29), Milei chamou pela primeira vez Caputo de seu ministro da Economia. O nome, porém, ainda não foi confirmado oficialmente.

Ele terá que resolver a terceira grande crise vivida pela Argentina em 40 anos e uma inflação de mais de 140%, sendo o principal responsável pelo plano de dolarização que promete Milei, ainda sem detalhamento. Na última sexta (24), o direitista reiterou através de nota que "o fechamento do Banco Central é inegociável".

O embarque de Caputo no novo governo gerou críticas dentro e fora de sua aliança política, no sentido de que agora será o grupo de Macri, que perdeu nas urnas, quem comandará a área mais importante do país. Depois das eleições, Milei tem feito um malabarismo para conciliar os libertários e a centro-direita em seus gabinetes e garantir governabilidade.

Uma série de idas e vindas se deram nos últimos dias na imprensa. Segundo jornais locais, o economista Emilio Ocampo, anunciado em setembro como o homem que assumiria e fecharia o Banco Central, teria desistido do cargo após a nomeação de Caputo, o que até agora não foi confirmado. Ocampo é um dos autores do livro "Dolarização", no qual Milei dizia basear seu plano de acabar com os pesos.

Ainda estão confirmados na equipe econômica o engenheiro Hora cio Marín, como diretor da petroleira estatal YPF, e o economista Osvaldo Giordano, como titular da agência que controla as aposentadorias e plano sociais, a Anses (Administración Nacional de Seguridad Social).


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