BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) nesta quinta-feira (7) e saiu em defesa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a dívida do estado com a União.
Haddad afirmou que o governador de Minas praticamente governou com recursos federais, aumentou o valor da dívida de cerca de R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões e não conseguiu resolver o problema mesmo aliado a Jair Bolsonaro (PL).
"Ele ficou quatro anos com um aliado no Planalto, podendo fazer alguma coisa por Minas. E tudo que ele fez foi endividar Minas. A dívida saiu de pouco mais de R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões", disse.
Enquanto Zema tenta aprovar o Regime de Recuperação Fiscal na Assembleia Legislativa de Minas, Pacheco e Silveira têm costurado um plano B junto ao próprio presidente da República.
O próprio governo admite que, sem isso, os servidores públicos estaduais terão os salários atrasados a partir de fevereiro e, "muito provavelmente", voltarão a receber de forma parcelada no primeiro semestre.
O plano alternativo está baseado em três eixos: reduzir o valor da dívida; entregar ativos como a Cemig, a Codemig e a Copasa (de água) à União; e usar parte dos créditos da repactuação do acordo feito após o rompimento da barragem em Mariana.
Haddad disse que a federalização de ativos de Minas exige "muita cautela" por causa dos acionistas minoritários, e reforçou que o governo federal concorda em aumentar o prazo para que o governo mineiro apresente uma solução.
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