SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após renovar sua máxima histórica no pregão da véspera, a Bolsa brasileira recuava no início da tarde desta sexta-feira (15), num movimento comum de correção.
Já o dólar avançava, recuperando-se após fortes tombos registrados após a última decisão sobre juros do Fed, o banco central americano.
Às 12h24, o Ibovespa caía 0,40%, aos 130.309 pontos, enquanto o dólar subia 0,47%, cotado a R$ 4,938.
No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes também se recuperava de baixas recentes, em alta de 0,20% no dia.
Em relação ao fechamento da última sexta-feira, o índice do dólar ainda mirava seu pior desempenho semanal em cinco meses. No Brasil, no entanto, a moeda zerou as perdas acumuladas na semana com a recuperação desta sexta-feira.
A alta do dólar também pode ser reflexo de uma demanda sazonal pela divisa norte-americana, disseram operadores, à medida que o final do ano se aproxima e as empresas brasileiras se preparam para enviar remessas de dinheiro ao exterior, o que pode prejudicar o real na reta final de 2023.
"O real tende a ter ventos contrários sazonais no final do ano, mas isso pode não ser suficiente [para derrubar a moeda], dados os fundamentos fortes, como o 'carry', e uma orientação consistente do Copom para um ciclo de afrouxamento [de juros] cauteloso", disse o Citi em relatório a clientes.
O banco norte-americano fez referência a operações de "carry trade", que consistem na tomada de empréstimo em país de juro baixo e aplicação desses recursos em mercado mais rentável.
No Brasil, com a Selic ainda em patamar muito restritivo, o "carry" (ou carrego) do real segue muito atraente para investidores estrangeiros, e "levará algum tempo antes de o ciclo de afrouxamento do Banco Central prejudicar a força do real", avaliou o Citi.
Nesta semana, o BC cortou a Selic em 0,50 ponto percentual pela quarta vez consecutiva, a 11,75% ao ano.
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