SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A última semana de 2023 começa em tom positivo no mercado financeiro. Por volta das 10h37 desta terça-feira (26), o Ibovespa subia 0,39%, a 133.277 pontos. O dólar operava em queda de 0,29%, a R$ 4,8461.

Na sexta-feira (22), o principal índice da Bolsa fechou em alta de 0,43%, a 132.753 pontos, renovando o recorde nominal de fechamento. Já o dólar fechou o pregão passado com um recuo de 0,54%, a R$ 4,8604.

Esta sessão pós-Natal promete ser de liquidez reduzida, já que várias praças de negócios seguem fechadas ao redor do mundo, enquanto no Brasil o Congresso entrou em recesso parlamentar após a aprovação do Orçamento da União para 2024, na última sexta.

No exterior, o dólar opera em leve alta ante uma cesta de moedas fortes, mas tem sinais mistos ante as demais divisas. O rendimento do Treasury de dez anos -principal referência dos ativos ao redor do mundo- oscilava perto dos 3,90%, muito próximo do fechamento da sessão anterior.

Esta calmaria pós-Natal era favorecida pelo "Boxing Day",feriado que mantém várias praças de negócios fechadas ao redor do mundo, em especial os países anglófonos, reduzindo a liquidez.

"A última semana de negociações do ano inicia com a liquidez reduzida devido ao Boxing Day em várias praças e à agenda sem grandes novidades", pontuou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.

No mercado cambial, a percepção mais geral entre os agentes do mercado é de que o dólar ainda tem espaço para continuar a ceder ante o real na virada de 2023 para 2024.

"Tem um fluxo comercial enorme chegando no Brasil, mais de US$ 20 bilhões no curto prazo, ainda que o Banco Central nem esteja fazendo os leilões de linha tradicionais de final do ano", pontuou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em análise enviada a clientes.

Os leilões de linha são as operações em que o BC vende dólares ao mercado, com compromisso de recompra no futuro. Tradicionamente, a instituição realiza leilões de linha em dezembro, para dar conta da demanda por moeda por parte de fundos e multinacionais, que precisam remeter recursos ao exterior.

"Mas, neste ano, o fluxo está tão forte que o BC não está colocando estes leilões e ainda assim a moeda (real) está se valorizando", acrescentou Gala, para quem é possível imaginar um dólar em R$ 4,50 nos próximos meses.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 14.248 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de fevereiro de 2024.


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