SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar e Bolsa operam próximos da estabilidade nesta sexta-feira (5), enquanto o mercado aguarda divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana tinha leve alta de 0,08%, cotada a R$ 4,9113, às 9h29 desta sexta. Já a Bolsa caía 0,03 %, a 131.184,7 pontos, às 10h02.

Os dados dos EUA podem ajudar nas apostas sobre os próximos movimentos do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) em relação a taxa de juros.

A expectativa é que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos em dezembro provavelmente se moderou, enquanto o aumento dos salários anuais deve ter desacelerado para menos de 4% pela primeira vez em dois anos e meio, o que pode deixar o Fed mais perto de começar a cortar a taxa de juros.

Apesar da moderação esperada no relatório de emprego do governo, dados publicados na quinta-feira (4) mostraram a criação de 164 mil postos de trabalho no setor privado dos EUA, leitura acima do esperado.

"Esses resultados reforçam nossa visão de que o mercado de trabalho americano permanece apertado, apesar de alguns sinais de desaceleração suave no período recente", disse a XP em relatório.

Na quinta, o Ibovespa recuou 1,21%, a 131.226 pontos, impactado pelo recuo de 0,84% das ações da Petrobras, a R$ 38,63 cada uma.

Os papéis da estatal refletiram a desvalorização do petróleo. Nesta quinta, o barril de Brent (referência internacional) caiu 0,8%, para US$ 77,59. Na véspera, ele subiu mais de 3% em meio a uma escalada dos conflitos no Oriente Médio, com explosões no sul do Irã. Ameaças de ofensivas de rebeldes houthis no mar Vermelho, importante rota comercial mundial, também pressionaram a commodity.

O dólar, por sua vez, fechou em leve queda de 0,17%, a R$ 4,9063, após subir para R$ 4,9357 pela manhã, após a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.

A maior parte dos economistas (62%, segundo a plataforma CME) ainda aposta em um corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos EUA já em março. Há uma semana, esse percentual era bem maior, de 72,8%.

Juros mais baixos beneficiam ativos de risco, pois reduzem a atratividade da renda fixa e a dívida das companhias.


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