O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, revisou a projeção do indicador de inflação paulistano para o final de fevereiro, de alta de 0,29% para elevação de 0,48%. A revisão para cima foi puxada pelos combustíveis, como efeito da nova alíquota de ICMS sobre a gasolina e o etanol, que passou a valer no início do mês.

"O índice veio bem acima do projetado", afirma Moreira, no mesmo dia no qual a Fipe informou que o IPC subiu 0,49% na segunda quadrissemana de fevereiro, acelerando levemente em relação ao avanço de 0,43% observado na quadrissemana anterior.

Na ponta, a gasolina teve alta na passagem da primeira para a segunda quadrissemana de fevereiro (1,24% para 1,74%), assim como o etanol (2,73% para 3,49%).

O grupo Alimentação segue pressionado pelos in natura, em virtude das chuvas que prejudicam a produção. "Tivemos muita chuva no Sul, em áreas produtoras de tubérculos, o que levou ao atraso da colheita", afirma.

Moreira destaca a pressão para cima em alimentos como batata e cebola. No entanto, pondera que os efeitos climáticos devem ter um alívio a partir de março.

Por outro lado, o coordenador do IPC-Fipe destaca que o grupo Despesas Pessoais é o principal vetor para baixo do índice na passagem da primeira para a segunda quadrissemana de fevereiro (-0,48% a -0,53%), puxado pela queda das passagens aéreas e de viagens (excursões), em linha com a sazonalidade do período.

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Combustíveis


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