A chance de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) abrir o ciclo de relaxamento monetário em junho segue em queda e agora está abaixo de 60%, conforme indica a plataforma de monitoramento do CME Group, em meio ao crescente desconforto de investidores com a persistência da inflação nos Estados Unidos.
Pouco antes do fechamento deste texto, a curva futura apontava 58,4% de probabilidade de que o Fed corte juros em junho, comparado com cerca de 60% ontem. Como consequência, o risco de o banco central norte-americano optar por manter a taxa básica naquela ocasião aumentou a 41,6%. Ainda é o primeiro mês em que a hipótese de alívio monetário é majoritária.
Para o fim do ano, a ferramenta consolida o cenário mais provável de um afrouxamento acumulado de 75 pontos-base, com 34,5% de possibilidade, embora o quadro de uma baixa ainda mais tímida, de 50 pontos-base, também esteja ganhando força (25,4%).
A reavaliação prossegue o movimento de uma semana marcada por indicadores de inflação que puseram em xeque a narrativa de que o alívio monetário será agressivo.
Na terça-feira, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) mostrou aceleração em fevereiro, ainda que o núcleo tenha perdido força na leitura anual.
Na quinta-feira, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio mais salgado do que o mercado esperava.
Já as expectativas de inflação, estimadas nesta sexta-feira pela Universidade de Michigan, permaneceram inalteradas na preliminar de março.
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