Novas obras incrementam acervo do Mamm

Por

Sábado, 11 de setembro de 2010, atualizada às 8h52

Novas obras incrementam acervo do Mamm

Clecius Campos
Repórter

A reprodução ao lado é de uma das cinco obras recentemente adquiridas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para incrementar o acervo modernista do Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm). Trata-se de uma aquarela da fase lírica da pintora Anita Malfatti. Uma natureza morta nomeada Vaso de Flores, sem data precisa de criação.

A obra tem a função de recompor lacunas no colecionismo do museu, criado a fim de agrupar obras de propriedade do escritor juizforano Murilo Mendes e de comunicar seu acervo pessoal com traços da história do modernismo, movimento com o qual Mendes foi intimamente envolvido. "Murilo Mendes conhecia os artistas e tinha relação de amizade com eles. As aquisições têm a ver com o recorte conceitual que vem a ser o colecionismo do Mamm", informa o prorreitor de Cultura da UFJF, José Alberto Pinho Neves.

Além de Vaso de Flores, o Mamm passa a contar também com Paisagem Mineira (abaixo, à esquerda) um nanquim de Alberto da Veiga Guignard, datado de 1960, nitidamente inspirado na vista de cidades históricas como Ouro Preto. A terceira obra a compor o acervo é Mulheres (abaixo, à direita) de Di Cavalcanti, uma serigrafia da série social do artista.

Evandro Carlos Jardim contribui com uma gravura em metal, a partir de água-forte e pasta-seca, criada em 1967. A obra é parte da série da temática Canavial. Um óleo sobre tela, de Dnar Rocha completa as aquisições. A pintura é datada de 1993 e retrata o prédio da antiga Faculdade de Filosofia, atual Casa de Cultura da UFJF. "A aquisição desse quadro tem a finalidade de expandir a coleção de artistas da cidade. Dnar tem uma trajetória pictórica percorrida em Juiz de Fora, por isso o interesse por essa obra."

As obras de Guignard, Di Cavalcanti e Evandro Carlos Jardim foram adquiridas pelo Conselho do Cine-Theatro Central e doadas ao Mamm. Os quadros de Anita Malfatti e Dnar Rocha foram comprados pelo próprio museu. Umas obras foram arrematadas em leilões e outras adquiridas de colecionadores. A Prorreitoria de Cultura não revela o valor monetário das obras.

Ainda não há definição de quando as obras serão expostas. Tudo vai depender do calendário de mostras do Mamm, que tem salas ocupadas até meados de 2011. Além disso, as produções de Guignard e de Anita Malfatti passam pelo Laboratório de Restauração de Obras de Arte do museu.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken