Quinta-feira, 17 de junho de 2010, atualizada às 19h30

Professores estaduais rejeitam proposta do governo e paralisam atividades na próxima terça

Aline Furtado
Repórter

Professores da rede estadual de ensino, reunidos em assembleia nesta quinta-feira, 17 de junho, decidiram por rejeitar a proposta do governo de Minas Gerais quanto à reestruturação de carreira, conforme anunciada pelo governador Antônio Anastasia na última segunda-feira, dia 14.

De acordo com a coordenadora de Comunicação e Cultura da subsede local do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute), Yara Aquino, uma nova paralisação está marcada para a próxima terça-feira, dia 22. "Neste dia, seguiremos em caravana até Belo Horizonte para tentarmos impedir a votação da proposta na Assembleia Legislativa. Queremos é que nossas demandas sejam incorporadas."

Pela proposta do governo, que acaba com as gratificações e institui o chamado subsídio, o professor em início de carreira, com jornada de 24 horas por semana, passa a receber R$ 1.320. No caso da jornada facultativa de 30 horas semanais, sendo 20 horas em sala de aula e dez horas de preparação, o subsídio será de R$ 1.650.

"Trata-se de uma proposta enganosa, visto que ela prevê o fim de gratificações como o biênio, que equivale a 5% de aumento no salário, o quinquênio, que prevê reajuste de 10%, e o pó de giz para professores regentes, o que representa acréscimo de 20% no salário. Com isso, nossos vencimentos ficariam estagnados. A proposta pretende que as horas semanais passem de 24 para 30 horas." Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quinta-feira, dia 24, às 17h.