Sexta-feira, 22 de março de 2013, atualizada às 11h14

Estudantes tomam as ruas do Centro e voltam a protestar contra a situação das escolas estaduais

Raphael Placido
Repórter
protesto estudantes

Centenas de estudantes de Juiz de Fora voltaram a tomar as ruas, na manhã desta sexta-feira, 22 de março, para protestar contra a situação do ensino e da infraestrutura das escolas estaduais. Desta vez, em um ato chamado pelos alunos de "unificado", sete escolas estavam representadas: Batista de Oliveira, Delfim Moreira (Central), Duarte de Abreu, Duque de Caxias, Estevão de Oliveira, Fernando Lobo e Instituto Estadual de Ensino (Normal). Muitos deles usavam apitos e narizes de palhaço.

Estudante do terceiro ano da Escola Normal, Juliano Rezende, 17 anos, foi um dos organizadores do evento. Ele conta que várias escolas foram visitadas, mas a grande mobilização foi feita pelas redes sociais. Ele explica que o ato unificado teve o objetivo de denunciar a situação precária que os estudantes estão vivendo. "Queremos denunciar a situação que a educação de Minas está vivendo. Temos graves problemas de estrutura, como falta de carteiras e salas superlotadas. O governo faz propaganda, dizendo que Minas Gerais tem a melhor educação do Brasil, mas não vemos isso na prática. Onde estão os 10% do PIB para a educação?", reclama.

Os problemas de infraestrutura têm sido relatados na maioria dos estabelecimentos de ensino. Larissa Oliveira, 16 anos, estuda na Escola Estadual Fernando Lobo. Ela conta que resolveu protestar porque quer fazer alguma coisa para melhorar a situação. "No meu colégio, tem dia que não tem professor. Tem mofo na minha sala, muitas carteiras quebradas... O principal problema é a questão da infraestrutura", afirma. 

O protesto, acompanhado de perto pela Polícia Militar, tumultuou o trânsito do Centro. Acompanhados de professores e pessoas ligadas a partidos de esquerda, os alunos saíram da Escola Normal, percorreram a Itamar Franco até a Rio Branco, onde se dirigiram ao Parque Halfeld e protestaram na escadaria da Câmara. Em seguida, voltaram à Rio Branco, onde caminharam até o prédio onde fica o escritório da Superintendência Estadual de Ensino, na esquina com a Espírito Santo. Lá, uma comissão, formada por representantes de cada escola, chegou a subir para tentar conversar, mas não obteve sucesso.

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