A Universidade Federal Juiz de Fora (UFJF) divulgou, no último dia 28 de abril, os resultados positivos da mais nova edição do ranking mundial da Center for World University Rankings 2021-2022 (CWUR).

É a primeira vez desde 2014, quando o centro passou a divulgar a posição de mil instituições, que a UFJF aparece entre as mil melhores universidades do mundo. Entre as mais de 19.700 entidades de ensino superior avaliadas, a instituição local ocupa a posição de número 987. A colocação da Universidade tem melhorado nos últimos anos, saltando 31 posições: na edição 2019, ocupava a 1.018ª colocação; em 2020, subiu para 1.005ª.

Com o posicionamento atual, a UFJF entra para o rol que agrega somente 5% das melhores universidades avaliadas pelo Centro internacional, que se autointitula o mais amplo do mundo. “Esta é uma excelente conquista”, parabeniza o presidente da CWUR, Nadin Mahassen. 

A UFJF, com seus 60 anos de história, fica à frente de instituições centenárias de países com tradição consolidada em ensino superior, como a Universidade de Greenwich, em Londres, fundada em 1890, ocupante do 1.365º lugar, e a Ca’Foscari Universidade de Veneza, na Itália, de 1868, na 1.256ª colocação. 

Quando o foco é a atuação em pesquisas, a situação da UFJF é ainda melhor, aparecendo entre as 944 mais bem colocadas. Também, neste caso, tem ocorrido uma escalada: em 2019, situava-se no 978ª lugar, subindo para 960ª em 2020. 

Entre diversos fatores que podem ser associados a esse posicionamento, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UFJF, Mônica Ribeiro, destaca dois programas institucionais de financiamento: o de vinda de pesquisadores estrangeiros temporários e o de pagamento de taxas e traduções para publicação em periódicos de alto fator de impacto. “Trazer pessoas do exterior com todo o suporte gera um vínculo, que repercute na assinatura de convênios, na participação em redes de pesquisa e em convites a publicações, livros e obras completas”, afirma. 

Ao financiar a publicação em periódicos bem conceituados, é proporcionada mais visibilidade à produção científica e assim há mais citações de estudos produzidos pela comunidade acadêmica da UFJF. Mônica ressalta, portanto, que o alto investimento na pós-graduação local, no último quadriênio da Capes (2017-2020), reflete nos índices de produtividade científica, tendo efeito multiplicador.

No Brasil, a UFJF é a 22ª melhor instituição avaliada. Essa colocação se manteve nos últimos três anos. Em Minas Gerais, é a 3ª.

Em relação à América Latina, em 2021, a universidade local aparece entre as 37 mais bem posicionadas. Quando a lista se restringe à América do Sul, sobe para a posição de número 32. 

O ranking considera quatro critérios objetivos: qualidade do ensino, empregabilidade, qualidade do corpo docente e performance em pesquisa (veja detalhes abaixo).

“A UFJF pontuou nos quesitos relacionados à pesquisa. É muito significativo o fato de a Instituição estar melhorando de posição a cada edição, uma vez que se trata de uma classificação conceituada, baseada em critérios quantitativos e muito bem definidos. É mais uma evidência do aumento gradual de qualidade da produção científica na UFJF”, afirma a diretora de Avaliação Institucional da UFJF, Michèle Farage.

Avaliações gerais

As três universidades mais bem conceituadas no ranking são Harvard, Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e Stanford, todas dos Estados Unidos. A Universidade de São Paulo (USP) é a instituição brasileira melhor posicionada no mundo (105º) e na América Latina (1ª). Em Minas, a primeira é a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ocupante da 503ª posição no ranking mundial. 

Entre as mil instituições, as duas maiores potências econômicas, Estados Unidos e China, também predominam no ranking, agregando mais de um terço das posições, sendo 219 universidades americanas e 133 chinesas. Na sequência, aparecem Reino Unido, Alemanha, Itália e França.

Veja o ranking completo.

Critérios

O ranking CWUR considera quatro critérios para avaliação:

Qualidade do ensino: medida pelo número de estudantes, relativo ao tamanho da universidade, que ganharam prêmios acadêmicos. Este critério equivale a 25% da nota.

Empregabilidade de egressos: medida pelo número de egressos da universidade que estejam nas mais altas funções executivas das maiores companhias do mundo; também em proporção ao tamanho da universidade. Equivale a 25% da pontuação.

Qualidade do corpo docente: medida pelo número de integrantes da universidade que tenham obtido prêmios acadêmicos. Este aspecto soma 10% da nota.

Performance em pesquisa: considera o total de artigos publicados, o percentual de estudos em periódicos mais bem qualificados e influentes e o número de citações. Este critério corresponde a 40% da avaliação.