Diego Alves Diego Alves 11/6/2012

Entre grandes vitórias, derrotas sofridas e uma boa estreia

Escudos times de futebolQuatro rodadas podem não dizer muita coisa quando estamos tratando de um campeonato tão longo e difícil, como o Brasileirão. Mas é importante que se leve a sério a disputa desde o seu início. Como já fez o Corinthians, no ano passado, conseguindo incríveis nove vitórias e um empate nas dez primeiras rodadas. Seguramente, esse começo avassalador garantiu o caneco para a turma do Parque São Jorge.

E como vem fazendo o Vasco nesse ano. Alguns podem argumentar que o Cruzmaltino ainda não encarou fortes adversários. Até faz certo sentido, porém a análise vai além desse aspecto. O Vasco iniciou o campeonato em meio a uma dolorosa eliminação na Libertadores. Dolorosa, já que o time teve boas condições de avançar. Mas, diante de um calendário tão apertado, não há tempo para lamúrias. O ótimo time de Cristóvão Borges entendeu isso e larga muito bem. Apontado nessa coluna como "favorito do segundo escalão" (ao lado de São Paulo e Inter), o Vasco tem a oportunidade de adquirir aquela "gordurinha", enquanto Corinthians e Santos só veem a disputa continental pela frente e o Fluminense sofre com sua instabilidade e seus desfalques.

Quem também vai bem é o Atlético. Arrancou uma importante vitória, fora de casa, contra o Palmeiras. Resultado que compensou o empate contra o Bahia, no Independência. O agora R49 estreou bem. Teve boa movimentação, mostrou vontade e deu bons passes. Acho que a aposta é válida. A chegada de Ronaldinho ao Galo não envolveu tanta badalação e nem cifras milionárias. Além disso, o ex-melhor do mundo tem, agora, pela frente seis meses para dar a volta por cima. Nessas condições, o jogador pode se motivar. Não dá pra esperar aquele cara do Barcelona de 2005. Mas, pelo menos, uma peça que faça a diferença na meiuca atleticana. O Galo era cobrado aqui para suprir suas carências. Trouxe Júnior César para assumir a lateral-esquerda, Jô para dividir o comando de ataque com André e R49 para comandar a criação de jogadas. Esse time pode, sim, fazer um grande campeonato. Já o Verdão, ainda dividido com a Copa do Brasil, precisa abrir os olhos!

Falando em abrir os olhos, o Botafogo, mais uma vez, aprontou das suas. Se já não bastasse ter entregado um jogo ganho em seis minutos, dentro de casa, dessa vez, o time de Oswaldo Oliveira nadou e morreu na praia, contra um adversário fraquíssimo. O comandante alvinegro pecou na mexida de Jadson por Cidinho. Mas pecaram ainda mais a defesa alvinegra e Maicosuel, que teve a chance do gol da vitória e que está devendo. Na última coluna, foi abordado o desequilíbrio emocional do Botafogo diante de derrotas traumáticas. Será que esse grupo tem condições de digerir esses dois tropeços? E na próxima rodada tem outro jogo fora de casa, dessa vez contra o Inter. E com mais desfalques. O trabalho do Oswaldo é bom, porém ainda falta poder de decisão a esse time. É compreensível a concentração de esforços da diretoria alvinegra na contratação de Clarence Seedorf. A chegada do holandês fortaleceria e daria bagagem ao elenco, que tem muitos jovens. Mas e se ele preferir outro destino? A banda vai passar e o Botafogo vai ficar sem se reforçar...

Por fim, peço desculpas a vocês, já que na semana passada não houve artigo. Ah, e o Flamengo, enfim, ganhou a primeira e afrouxou, um pouco, a corda do pescoço do "papai" Joel!

Um abraço e até a próxima semana!



Diego Alves tem 25 anos e é amante do futebol. É jornalista formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pós-graduando em jornalismo esportivo. Hoje é comentarista do programa Na Área, da Rádio Universitária FM, também de Viçosa.

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