Mariana Garcia Arte nas m?os e oportunidade na cabe?a. Com apenas 18 anos, ela acumula hist?rias de voluntariado que j? transformaram a vida de muita gente

Fernanda Leonel
Rep?rter
28/02/2007
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Ela tem apenas 18 anos. E uma consci?ncia de ajuda ao pr?ximo que muito marmanjo n?o tem. Apaixonada pelo voluntariado e defensora dos benef?cios dessa a??o, Mariana Garcia (foto ao lado) ? volunt?ria da oficina de bijuterias do Centro de Acolhimento a Inf?ncia e Adolesc?ncia (Caia).

A hist?ria do bem de Mariana, come?ou na verdade, h? mais tempo que as oficinas no projeto. Aos 15 anos, ela j? fazia parte de um grupo de jovens que davam aquela for?a para um trabalho de conscientiza??o da popula??o para os riscos das Don?as Sexualmente Transmiss?veis (DSTs) e Aids.

Mariana fazia parte do apoio t?cnico que acompanhava os palestrantes do Programa DST/Aids: contava hist?rias, preparava din?micas, auxiliava na organiza??o do grupo. Depois, foi a vez de colocar em pr?tica um velho talento que ainda estava pouco divulgado: a feitura de bijuterias.

Arte e talento s?o assim, sem muita explica??o. ? por isso mesmo que a jovem nem mesmo se lembra quando ? que o interesse por esse tipo de atividade come?ou. O certo ? que aos 17 anos, ela resolveu repartir o dom com outras pessoas e foi ent?o que as primeiras aulas de bijuteria aconteceram.

As aulas come?aram em um segundo momento da sua vida de volunt?ria. Nessa ?poca, ela j? ajudava a ADCA, que trabalha filantropicamente com adultos. Nesse novo espa?o, Mariana organizou suas turmas e tamb?m passou a ensinar customiza??o de roupas.

foto de bijouteria produzida por Mariana foto de bijouteria produzida por Mariana

Ambos of?cios transformaram a vida de muita gente. Isso porque, com as aulas da jovem, m?os ag?is e talentosas, aprenderam a produzir artes, descobrir habilidades, arrumar um of?cio e at? mesmo levantar a auto-estima. Para muita gente, fazer arte ? um mais que um passatempo: passa a ser uma nova maneira de enxergar a vida.

"Eu fico feliz em saber que ajudo as pessoas. Elas sempre v?em me falar que gostam do que produzem no final da aula e do curso. Acho que isso deixa elas felizes, faz elas se sentirem produtivas. E muito bom mesmo", destaca a jovem.

foto de Mariana Parece mesmo que o bichinho de solidariedade mordeu Mariana. Como o trabalho na ADCA era sazonal, j? que dependiam de algum financiamento para colocar os planos para funcionar, ela aproveitou um tempo livre para conhecer o Caia, institui??o que uma de suas tias j? fazia quest?o de ajudar.

Conheceu o trabalho e ficou por l?. Hoje, ela passa boas horas da sua tarde - sen?o todas - ajudando os atendidos do projeto. No Caia, ela ? auxiliar de uma oficina de bijuterias, que ? dada para crian?as e adolescentes. Mas tamb?m faz quest?o de frisar que est? pronta para ajudar em qualquer tipo de servi?o que for ben?fico para o pr?ximo.

"As pessoas que n?o conhecem o voluntariado deveriam conhecer. N?o tem algo que traga tanta coisa boa para a vida da gente como isso", aconselha Mariana, que vem de uma fam?lia que sempre se dedicou a ajudar outras pessoas. "A gente ajuda as pessoas, mas as pessoas nos ajudam muito mais", resume Mariana, na defesa do trabalho digno do seu t?tulo de "Gente do Bem".


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