SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para terça-feira que vem (30), a partir das 10h (de Brasília), o julgamento do suposto caso de racismo envolvendo Rafael Ramos, do Corinthians, e Edenílson, do Inter.
O caso aconteceu em 14 de maio, quando as equipes se enfrentaram no Beira-Rio pelo Brasileirão. Edenílson diz ter sido chamado de "macaco" por Rafael Ramos durante uma disputa de bola no segundo tempo. Depois do empate por 2 a 2, o português chegou a ser detido dentro do estádio, depois liberado.
O lateral corintiano pode pegar de cinco a dez partidas de suspensão, além de multa de até R$ 100 mil, pois foi denunciado pela Procuradoria do STJD com base no artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). O texto em questão prevê tal punição à prática de "ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".
Em junho, o Instituto Geral de Perícias entregou à Polícia Civil do Rio Grande do Sul o laudo encomendado em razão da acusação de Edenilson. O documento diz ser impossível atender à solicitação. De acordo com os peritos, não foi possível identificar as palavras que ditas pelo jogador do Corinthians.
Ainda assim, há duas semanas o auditor do STJD Paulo Sérgio Feuz encaminhou a denúncia contra Rafael Ramos dizendo haver "indícios fortes" de "ofensas de cunho racial" por parte do jogador corintiano. Desde então as partes aguardavam o caso entrar na pauta de julgamento do Tribunal, o que agora está marcado para a próxima terça-feira.
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