SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Pilar Vera, a repórter equatoriana que sofreu assédio de um torcedor do Flamengo durante a cobertura da final da Libertadores da América, disse estar tranquila com o que aconteceu na noite da última sexta-feira em Guayaquil, no Equador.

Em conversa com a reportagem, a jornalista disse que levou a atitude do brasileiro como uma brincadeira de alguém que estava feliz. "Foi totalmente uma brincadeira, eu entendi desta maneira."

Pilar fazia uma reportagem quando foi interrompida por um homem que usava uma camiseta do Flamengo. Ele começou a perturbar a jornalista, que tentou fugir da abordagem. O torcedor passou o braço no pescoço da equatorina e a pediu em casamento.

"Estávamos muito felizes e foi apenas uma brincadeira", frisou Pilar, que é repórter das redes sociais da empresa municipal de turismo da cidade equatoriana.

"Foi um prazer para nós [equatorianos] sermos anfitriões dos brasileiros. Não aconteceu nada além disso. Ao contrário, fiquei feliz com a visita dos torcedores do Brasil."

Ao ser questionada sobre a repercussão negativa que o ocorrido gerou, ela demonstrou não estava sabendo sobre a discussão de assédio e perguntou à reportagem sobre o que estava sendo dito.

"Está tudo tranquilo", finalizou.

Em suas redes sociais, Pilar Vera publicou sobre o ocorrido e comentou com bom humor o ocorrido. "Foram os segundos mais eternos e que eu disse: me engole terra", escreveu a jornalista que, mesmo tendo levado na brincadeira, demonstrou ter ficado assustada quando o flamenguista a abordou.

Em setembro deste ano, um torcedor do Flamengo foi preso por assediar a repórter da ESPN Jéssica Dias. Durante uma reportagem sobre a semifinal da Libertadores, na Argentina, o homem beijou o rosto da jornalista sem permissão.


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